Camamú

Saímos de Ilhéus as 5:00 da manhã, ainda escuro.
Logo em seguida um nascer do sol espetacular.
Já valeu o dia.

Foram 10 horas de navegação, e só no final entrou um vento na medida.
Aqui, o Rodrigo curtindo o leme...

... e aqui o Augustinho, sempre louco para por os pés em terra firme...

... e o César, fotografando e sendo fotografado.

Ao fim da tarde o Firulete repousa já no point onde ficaríamos por 3 dias...

... num lugar paradisíaco. Uma barra de um rio caudaloso, de águas limpas, e com algumas ilhas e vilas típicas.

Um lugar tão especial, que parece ter despertado alguns sentimentos, até então não percebidos.

A vila de Cajaíba, é especializada na construção de escunas. Uma atividade artesanal, que vem sendo passada de pai para filho, por muitas gerações.

São vários estaleiros, lado a lado na orla do rio, formando uma linha contínua, com umas 30 escunas sendo feitas, de tamanhos e fases diferentes, todas por encomenda.

Esta, já em fase de acabamento, é uma das maiores, para aproximadamente 200 pessoas.

Observem, pelas pessoas no convés, o seu tamanho.
Utilizam algumas madeiras conhecidas por nós, e outras de que nunca ouvimos falar.

Aqui, uma outra das grandes, já na fase de pintura.

Um trabalho magnífico de marcenaria, revelando um grande conhecimento de marinharia.

Na arquitetura a vila já não mostra a mesma competência, mas copia alguns elementos utilizados nas escunas.

Tiramos um dia, que aparentemente estava com vento leve, para fazer um treinamento na tripulação, da utilização do balão. Vela de aproximadamente 80m², que exige muita sincronia da equipe.

A turma foi ao delírio com a exuberância da velejada, mas precisamos fazer mais alguns treinos na gurizada.

No fim do dia subi no mastro para um reparo na luz de tope.

Aquele pontinho, aos meus pés, é nada mais nada menos que a lua, na sua fase crescente.

Uma pracinha, aparentemente mantida pela comunidade, com bancos de madeira e canteiros de garrafa pet.

Augustinho, numa trepadinha em Camamú...

... e aqui, exibindo um peixe local (que por sinal, já veio congelado)...

... e que virou um grelhado, regado a cerveja, numa churrasqueira alugada pelos amigos gaúchos.

Este é um cacaueiro, com os frutos que viram chocolate.

São muito comuns por aqui.

"Voce já foi a Bahía nego?
... então váá!

... então váá!"

Tiau!

Norberto.