Estada em Búzios

Parece o Farol do Fim do Mundo, mas é o de Cabo Frio. Pelo mar e tempo, nos sentimos passando o Cabo de Hornos (popular Horn).

Aqui, no abrigo de Búzios, passamos 3 dias espetaculares.

Na chegada do clube, os botes sempre disputando as vagas.

A acolhedora sede do Iate Clube de Búzios.

Nossa estada aqui, coincidiu com 3 dias de festa da padroeira da cidade.

Muitos fogos, bandinha, orquestra, shows, procissão por água, e por terra, e mais fogos.

Ontem, segunda-feira, foi o feriado de Sant'Anna.

Pena, pois acordamos com uma vontade grande de trabalhar.

Mas logo passou.

Aproveito um dos raros momentos de pia limpa, para registrar a excelente bancada de trabalho, em Corian, executada pela Pedecril, e doada ao Firulete, pelo meu amigo Célio.

E aqui, usando pela primeira vêz, o potente motor de popa Honda, 2Hp, 4 tempos.

Os remos, que eu tanto curtia, são agora passado.

E aí, bote e motor, no estaleiro.

Hoje, as 15:30 horas, partiremos de Búzios para Vitória.

Uma viagem de 194 milhas, com previsão de 40 horas de navegação.

Dizem ser o trecho mais complicado, pelo cabo de São Thomé, pela presença de grandes redes de pesca, e pelo alto tráfego de embarcações, derivado da grande atividade pretroleira.

Um abraço, aos que nos seguem, e até Vitória.

Norberto.

Rio-Búzios

Chegou enfim o dia de deixarmos o Rio. Estávamos já criando raízes e gostando das mordomias.

O Firulete parece não acreditar, que vai voltar a navegar.

Tripulação e barco preparados.

E o Rio vai ficando para tráz. Vento sudoeste de 12 nós, rajadas de 15. Chegamos a andar 7,5 nós

A saída foi em blocos, definidos conforme os tamanhos dos barcos. Os menores, por serem mais lentos, primeiro.
A flotilha, com 63 barcos, medem de 30 a 42 pés. Somos do bloco intermediário, com os nossos 34,5 pés.
São, ao todo, 5 barcos Fast 345.

Saímos as 15:30 horas, e aqui estamos no por do sol, pela alheta de bombordo.

Guego e Rodrigo, fazendo turno, na calada da noite.
A cada 3 horas troca a dupla.

Manhã limpa, céu e mar azuis, vento fraco de nordeste, seguimos numa orça apertada, depois de termos dobrado o Cabo Frio.

As Casas de Búzios, voltadas para o mar aberto.

Aí está Búzios. São 13:00 horas de sábado. Levamos 21:30 horas para percorrer as 85 milhas.
Até!
Norberto.

A vida a bordo

A pedido da Manu, filha do Guego, estamos postando algumas fotos que registram o cotidiano a bordo.
O Augustinho pilotando o fogão,...
...e nós de cobaia.

O quarto do capitão. Sempre bem arrumado...

O Rodrigo, apaixonado, falando com a namorada.

O general, para disputar quem lava a louça.

O Guego, no seu saco de dormir pink, da Lacoste.

Bem, aqui estamos encerrando nossa estadia no Rio de Janeiro. Daqui a 30 minutos estaremos partindo para Búzios, na primeira perna do Cruzeiro Costa Leste-2.010.

Que os ventos nos sejam favoráveis, e que o mar nos deixe passar.

Até lá.

Norberto.

De castigo no Rio de Janeiro. Como reclamar?

Para que não fiquem sem notícias, seguem mais algumas fotos do trecho Floripa-Rio.
Estamos na espectativa de partirmos amanhã, ou terça, para Búzios.
Esta parada foi providencial, pois colocamos o barco em ordem, descansamos, e estamos resolvendo um problema elétrico, que nos obriga a trocar as duas baterias, de 100 ampéres, de consumo. Desde que instalamos a geladeira e o painel solar, o sistema elétrico tem dado mostras de ineficiência.
Amanhã devemos estar substituindo estas duas baterias por novas, de ciclo profundo, que são mais apropriadas a nossa necessidade.
A verdade é que, embarcados, sempre temos uma lista de afazeres interminável, e o barco nos exige uma atenção permanente.


Lutando contra o sono. Em noite nublada, céu e mar se fundem num escuro total.
Em compensação, com céu aberto, as estrelas são tantas que custamos a identificar as nossas constelações conhecidas.


Chuva e vento nos obrigam a usar roupas de tempo. Manter o corpo aquecido e seco é fundamental para poupar a energia necessária para conduzir barco e manter os refléxos em plena ordem.
O objeto amarelo que veem ao fundo, é nada mais nada menos que o funil, empregado para as trocas de óleo no motor e transmição, que improvisamos como mictório, evitando ter que descer ao banheiro, com a roupa de tempo escorrendo, ou ainda, correr o risco de ir para a borda, onde com mar agitado, corre-se o risco de "homem ao mar" (sempre uma temeridade, principalmente na noite)

No calor, esta também é uma boa opção de fazer xixi.

O intenso trabalho a bordo, é intercalado com momentos de um relaxamento revigorante (em todos os sentidos).


Aqui, acompanhávamos a final da copa, entre Espanha e Holanda.
Como nos velhos tempos, no rádinho de pilhas.
Não sentimos a menor falta da TV.



Estamos desde quarta-feira no Iate Clube do Rio de Janeiro, um dos mais tradicionais clubes náuticos do país. Fundado em 1920. Palco de grandes conquistas na história da vela brasileira.

Com uma infra-estrutura de fazer inveja as demais regiões do país. Estamos muito bem, obrigado.

E o mar... que nos aguarde, mas primeiro... que se acalme.

Até.

Norberto.

Recortes da primeira etapa

Hoje (17/07), as 20 horas, seria nossa partida do Rio, para Búzios, que foi cancelada até que o mar se acalme. Enquanto isto vamos curtindo o Iate Clube e o Rio.

Aproveitamos para postar mais alguns registros da nossa primeira perna.

Sushi de Dourado, com gengibre e shoyu.
Guego num banho de reboque.Norberto, idem.
O sol encontra no fim do dia, uma brecha nas nuvens.
O Cesar no timão. Revezamento constante.
Olha a cara de preocupação!

Augustinho na boléia.

Rodrigo e Guego, em roupa de tempo.

Rodrigo, tranquilão.

Cesar, pescador assumido, armado até os dentes.

Até a próxima!

Norberto.

Fpolis - Rio

Finalmente prontos para partir.

Dia 8, às 18:20 hs, do Iate Clube Veleiros da Ilha - Fpolis.

Tripulação empolgada.

Da esquerda para a direita: Augustinho, Rodrigo, Cesar, Guego e Norberto.

Depois de 136 horas de navegação, chegamos ao Rio, onde aguardamos para
iniciarmos o Cruzeiro Costa Leste, juntamente com outros 62 veleiros.
Durante a travessia, que fizemos num rumo direto de Fpolis ao Rio,
estivemos navegando a mais de 200 km da costa, e chegando a profundidade de até
300 mts.
Na primeira metade, tivemos ventos favoráveis e uma navegada tranquila.

A partir de então, calmaria seguida de 2 dias de vento contra (nordeste), com até 20 nós.
Isto nos atrasou bastante e provocou um certo desgaste físico.
No início do quinto dia, entrou um sul que reduziu as ondas contrárias e
soprou a nosso favor.
Nas últimas 6 horas da viagem, já na aproximação do Rio, o sul se tornou
mais forte e com ondas crescendo, além de uma chuva contínua e fria.
Entramos na Baia de Guanabara já surfando nas ondas de sul. Cansados, mas
realizados (por enquanto).

Próxima etapa, Rio - Búzios.

Estamos no Iate Clube do Rio de Janeiro, na Urca, aguardando partida.

Norberto.