quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Projeto Volta Atlântico - Etapa 20 - Canárias e Cabo Verde

Estamos já nos deixando dominar pela sensação de estar voltando para casa. Embora ainda com muita água por navegar, nossos pensamentos já antecipam a volta ao Brasil. Isso acaba provocando um aumento nas saudades e uma certa ansiedade, apesar de sabermos que, uma vez em terra, por muito tempo ficaremos a flutuar nos pensamentos, lembrando dos dias maravilhosos que passamos no mar e da expectativa de estar chegando sempre a um porto desconhecido.

Partimos de Agadir, rumo as Canárias, que é também nosso rumo ao Brasil, e fica a 280 milhas. Depois de uma navegação tranquila de dois dias, tínhamos a Ilha de Lanzarote na nossa proa.
Nesta perna, passamos um susto. Durante a noite, passamos por um barco de pesca que nos seguiu e tentou se aproximar. Estávamos velejando com todo o pano encima, numa velocidade de 4 nós aproximadamente, no través. Se aproximaram pela alheta de boreste. Ligamos o motor e aceleramos tudo, chegando a 8,5 nós, somado com as velas. Com isso conseguimos neutralizar a sua aproximação. Depois de uns longos 10 minutos, com eles a todo motor na nossa popa, vimos aliviados eles irem ficando par trás, até desistirem. Tivemos sorte de terem um barco lento. O que queriam conosco ficou no ar, mas fiquei com uma forte sensação de que boa coisa não seria. Tratava-se de uma barco marroquino, a umas 50 milhas da costa.
A maioria dos navegadores que passam pelas Canárias, optam pela Gran Canária, a maior ilha e com uma cidade de 1,5 milhão de habitantes. Nós optamos pelas ilhas de barlavento, privilegiando a natureza e cenários mais preservados.

Passamos por um pequeno ilhote, ...

e nos dirigimos para o canal entre as ilhas Graciosa e Lanzarote.

Ilhas vulcânicas. Exuberantes, mas um ambiente muito hostil à adaptação de qualquer ser vivo. Mas o homem sempre dá um jeito. A vila Caleta del Sebo, na Graciosa, demonstra esta capacidade.

Ancoramos numa calma enseada, onde nossa corrente e âncora, a 6 metros de profundidade eram perfeitamente visíveis.

Chama-se Playa Francesa, único local permitido para a ancoragem, pois a ilha trata-se de uma reserva natural.

Cair nesta água, faz o susto da viagem virar coisa insignificante. Já nem mais lembramos.

Aproveitamos a água limpa para limpar o casco dos parasitas acumulados, praticamente só uma fina camada de um limo, que deve ter se criado nos rios em que estivemos.

O fim da tarde na ancoragem, foi mágica. As cores do poente sobre as ilhas, o céu,  o mar, tudo formando uma paisagem para se guardar na memória e ir degustando aos poucos.

Para reavivar a memória, ficam as fotos.

Na manhã seguinte, a sombra do Firulete, no fundo, faz-nos parecer uma ave planando.

Fomos visitados pelo Didiê, um francês, do veleiro (?) Te vejo lá jacaré (em inglês).

Um velejador solitário, numa bela máquina tocada a vento, que está indo para o Brasil, depois Caribe. Um regateiro de longo curso que virou cruzeirista.

 Levantamos ferro para o próximo porto, na saída cruzamos com o Crapun. Aparentemente um Delta 36. São de São Paulo e estão também voltando ao Brasil. Talvez os encontremos no caminho ainda.

Fomos então para Lanzarote. Entramos numa enseada, chamada Playa de las Cucharas, onde uma escultura de ferro marca a entrada do molhe.

Fomos para a praia, onde um longo passeio segue a chamada Costa Teguise. Muito turística e charmosa, ...

com uma beleza que surgiu de vulcões, mas repleta de vida e delicadas sutilezas.

Fomos até a escultura metálica, para registrarmos a sua escala.

Gostamos muito daquele lugar e resolvemos ficar mais um dia, só passeando e fotografando.

A noite, o merecido descanso. Hora de se conectar com a família.

No dia seguinte, descemos um pouco mais a costa de Lanzarote, até Arrecife, a capital da ilha.

No porto, um antigo navio deve ter errado a manobra e subiu em terra.

Entramos até a marina, onde atracamos, e fomos fazer os procedimentos legais de entrada no país.
Aqui ocorre uma novidade. Não carimbam os passaportes e não dão a mínima para quem entra e sai. Com isso nossos 4 dias que tínhamos para usufruir da Europa, e aqui é território espanhol, perderam o sentido. Poderemos ficar o tempo que quisermos. É difícil entender esta burocracia.

Temos uns barcos exóticos, como vizinhos, ...

além de uma enorme jangada, que está sendo feita para uma travessia até outra ilha. Toda em madeira amarrada, sem um único prego ou parafuso.

 
A noite, uma caminhada pelo centro, onde há um lagoon repleto de canoas, com  muitos barzinhos e música ao vivo, na sua orla.

No dia seguinte, descemos mais um pouco a ilha, passando por Playa Honda, Puerto del Carmen, Puerto Calero, ...

 
indo parar defronte a pequena e deserta Playa Quemada, onde ancoramos para passarmos a noite.

No amanhecer, tinha mais um veleiro, bandeira francesa, ancorado.

Com os primeiros raios dourados do sol, a montanha negra se converteu em ouro.

Na pequena praia, somente aves fazendo seu desayuno. Não resisti, e antes do café, nadei até a praia e fiz uma pequena escalada na encosta rochosa.

Partimos novamente, ...

passando Punta Gorda e ...

dobrando a Punta del Papagayo, que é o extremo sul da ilha de Lanzarote.

Demos um rasante na Playa Mujeres, pois ficamos intrigados com seu nome, e ...

seguimos para a nossa próxima ilha - Isla Fuerteventura, passando ao lado da Isla de Lobos.

Ancoramos em Corralejo, num pequeno porto muito bem protegido. Um dos barcos que faz ligação entre as ilhas, abre a proa para o acesso de carga e veículos.

Deixamos o Firulete numa tranquila ancoragem e partimos para terra.

Corralejo parece plantada no deserto, mas repleta de turistas. Na maioria alemães.

A noite, internet num barzinho muito bacana.

Começamos a descer então a ilha de Fuerteventura, passando pelo Parque Natural de Corralejol e suas várias praias.

Passamos por várias vilas, plantadas num solo que parece lunar, ...

e fomos parar em Puerto del Rosario, capital da ilha.

É uma cidade pequena, mas com inúmeros ícones urbanos, ...

e um centrinho muito bem ajeitado.

No passeio da orla, bancos com floreiras, revestidos em cacos de azulejos, lembram Barcelona e a obra de Gaudí.

No dia seguinte, entramos no outubro. Partimos para nossa última parada das Canárias.

Fomos contornando a ilha com seu cenário vulcânico, nos deliciando com as fotos que fazíamos.

Só faltou pescarmos um peixe durante a navegada, mas não deu. No fim do dia tínhamos um saco plástico pendurado no anzol. Até aqui, onde a natureza parece intocada, encontramos estas pragas.

Entramos numa pequena enseada, onde está Gran Tarajal, uma cidadezinha bastante atraente.

Ancoramos defronte, e ficamos querendo reunir forças para ir curtir um pouco a cidade, mas desistimos, fomos para o almo-janta e cama, ...

mas antes, curtimos um belo por do sol.
No dia seguinte, cedo levantamos ferro, e partimos num rumo sudoeste. Próxima parada, Cabo Verde, que fica a 860 milhas (1.400km), com previsão de vento e corrente, totalmente favoráveis, pois a Corrente das Canárias corre exatamente para onde vamos.

Mas o vento acabou sendo fraco, nos dois primeiros dias, e motoramos por 33 horas quase seguidas. A cada por do sol, um espetáculo.

No terceiro dia, o vento firmou e exatamente pela popa. Baixamos a grande e colocamos o pau de spy na genoa. E assim foi por 4 dias. Uma maravilha, só que, com a ondulação entrando também pela popa, o barco pendulava bastante.

Tanto que era difícil se manter na cama. O Cesar foi para o chão, no pé do mastro, que era onde  balançava menos.

O vento, sempre no mesmo padrão. Somente na madrugada, dava uma aliviada.
No quinto dia, fomos visitados por um pequeno pássaro. É inexplicável como um bichinho deste tamanho vem parar no mar, a mais de 500km de terra. Deve ter sido arrastado pelo vento e não tem aonde parar. Nossa vontade era de poder oferecer-lhe hospedagem e carona, mas o bicho homem deve assustar muito, pois ele preferiu alçar voo novamente. Duvido que consiga se salvar, mas se chegou até aqui, quem sabe não acontece um milagre.

No sexto dia, o vento ficou ainda mais firme. As ondas cresceram e atingiram uns 3 metros de altura. O Firulete surfava a cada onda. Chegou a atingir a marca de 12,5 nós de velocidade. Nosso banho de reboque foi o mais radical.

A noite, outro visitante. Desta vez, uma pequena ave marinha, bate na estrutura do bimini e cai atordoada. Passou a noite ali encolhida, procurando se abrigar do vento. No dia seguinte demos-lhe água e uns pedaços de peixe voador, que todo o dia amanhecem estarrados no convés. Colocamos água doce e salgada e ela bebeu da salgada. Pouco depois, parecendo um pouco melhor, pulou fora, mas ficou pousada no mar.

No sétimo dia, tínhamos Cabo Verde pela proa. Novamente fugimos da rota convencional. Em vez de irmos para Mindelo, a cidade da ilha de São Vicente, onde passam os navegadores com destino ao Brasil ou Caribe, optamos pelas ilhas de leste.

A primeira, Ilha do Sal, paramos numa enseada com porto - Palmeira. Passamos o resto do dia em recuperação e não fomos para terra, até porque o porto não nos atraiu nem um pouco.

Decidimos partir para a ponta sul do Sal, ...

onde um pequeno farol marca a entrada da enseada de Santa Maria.

Uma água muito limpa, um fundo parcialmente rochoso e muita atividade de mergulho autônomo, para turistas.

A praia de areias brancas, nos lembra de casa.

Ancoramos muito perto da praia, ...

ao lado de um trimarã, a motor, que mais parece uma nave interestelar.

Caímos na água, que mais parecia uma piscina térmica, e saímos para terra, ou melhor, para areia.

Realmente nos sentimos no nordeste brasileiro. Há muito tempo não tínhamos águas quentes e limpas, e areias brancas como as nossas.

A ilha do Sal, junto com a ilha de Boa Vista, é onde há maior procura de turistas no Cabo Verde, na grande maioria do norte europeu. Santa Maria tem muitos hotéis e Resorts, na sua orla. Um lugar perfeito para esportes náuticos. Água limpa e quente, vento terral quase permanente. Ótimo para mergulho, wind, kate, surf etc....

Apesar do solo e da seca, por irrigação conseguem manter um verde, fundamental para criar um microclima menos agreste.

Gostamos muito deste lugar. Acho que poderíamos ficar por aqui por um bom tempo. O Firulete nunca esteve tão perto da praia. Nesta foto, parece que já faz parte dela.

O cabo-verdiano é muito alegre, simpático, e recebe muito bem. Falam um português com forte sotaque africano, resultando na língua crioulo, que não é muito fácil compreender, quando falam entre si. São bonitos e fortes. Aqui no píer, pescamos o nosso almoço, a 100 metros do Firulete. Pelo jeito em Cabo Verde há muita fartura de peixe.

Na praia, um barzinho com uma bandeira do Brasil tremulando. Fomos investigar. Um casal de Fortaleza que mora aqui há 9 anos. Ela, a Francisneide (filha do Francisco e da Neide) é a rainha da caipirinha da praia, e ele, o White, tem escola de mergulho. Um simpático casal de brasileiros que parecem muito bem ambientados por aqui e tem sempre muitos clientes. Ontem a noite estivemos aqui, e como eu estava de aniversário, ganhei uma caipirinha e me cantaram parabéns, ao som de um violão. Aliás, comunico que entrei nos sessenta, já não lembro direito, mas acho que é a "idade do lobo". Como passei meus 60 na Ilha do Sal, estou me sentindo muito bem conservado. Meu consolo é que minha mulher adora bacalhau.

Adoramos Santa Maria. Acabamos esticando nossa estada. A noite, tínhamos internet num big hotel, bem na frente da nossa ancoragem.

Alguns lugares por onde passamos, o partir ficou parecendo um sacrilégio. Este foi um deles, mas mesmo assim, seguimos mais um pouco para o sul.

Passamos por Boa Vista, cuja única ancoragem possível seria em Sal Rey, onde há um porto, mas resolvemos seguir adiante, para recuperar nossa agenda.

No amanhecer estávamos já com a ilha do Maio pelo través.

O vento era pouco e resolvemos ancorar, para um descanso, o almoço, e aguardar o vento entrar. Paramos na enseada do Porto Inglês, hoje Vila do Maio.

Depois da sesta, com um ventinho noroeste (través), partimos para nossa última ilha e porto de Cabo Verde.

A ilha de Santiago, que é a maior do arquipélago, tem já um pouco mais de verde.

Dobramos sua ponta sul e ...

entramos no abrigo do Porto da Praia. Ancoramos ao lado de um veleiro que lembro já ter visto. Acho que no Caribe.

No dia seguinte, fizemos contato com os vizinhos. Realmente cruzamos no Caribe. Trata-se de um veleiro de 62 pés, de aço, com 35 anos de idade. Tem uma tripulação de 11 pessoas e está partindo amanhã para o Brasil. Marc e sua esposa, são do México, o barco tem bandeira da Inglaterra, tem dois filhos pequenos que nasceram no mar, são filiados a uma ONG que propicia experiências de vida a partir da auto sustentabilidade e da colaboração mútua. O barco vai até Fernando de Noronha com alguns jovens (de várias nacionalidades) que aderiram ao projeto. Depois descem o litoral brasileiro, vão até o Uruguai e voltam a subir para o Caribe. Estivemos a noite a bordo, para dar-lhes algumas dicas sobre a chegada em Noronha, Recife e Salvador, alguns alertas sobre nossa costa e as opções para a parada em Florianópolis. Dentro deste universo náutico que temos vivido, as opções da nossa ilha de Santa Catarina, para receber os navegantes do mundo, são muito precárias. Um barco como o deles, com 3 metros de calado e 20 de mastro, não entra nas baías, não passa por baixo das pontes, não dispões de marina, não há uma enseada segura e com condições de abastecimento, ou seja, não há nada a oferecer. Concluo que estamos há décadas atrasados, em relação a investimentos no setor de infraestrutura náutica. Para Florianópolis, com uma orla tão privilegiada, é no mínimo um grande desperdício, para não dizer, falta de visão estratégica e de planejamento. De Ilhabela até Punta del Este, Florianópolis seria o porto natural de passagem e curtição, com muitos atrativos turísticos, mas sua infraestrutura é, até agora, zero.

Aqui em Porto da Praia, também não é muito diferente, mas temos pelo menos uma enseada dragada e um molhe de proteção contra as ondas.
Estamos abastecendo o barco para nossa última travessia. Diesel, água, mantimentos, etc... Os últimos reparos e ajustes no barco. O desafio é de que, daqui até o Brasil, se minimize a chance de "zebras", e tudo funcione perfeito, mesmo a mercê das forças da natureza.

Apesar de estarmos focados nos preparativos para a viagem, vamos curtindo a cidade. O tempo de internet (comunicação) e da postagem do blog também são prioridade. Aqui a internet é pública, gratuita, e está acessível nas praças. Uma maravilha.

Acabamos não dedicando o tempo para o turismo. Os dias têm sido muito quentes e nossa lida tem nos tomado todo o tempo. Acho que vamos ter que voltar a Cabo Verde, para conhecê-lo melhor.
O arquipélago, descoberto em 1460 pelos portugueses, da "escola" do Infante Dom Henrique, foi entreposto de escravos até 1876, quando o tráfego de escravos foi extinto. A partir daí, as ilhas passaram por um empobrecimento grande. Houve um período de grande seca, em que morreram de sede e fome, perto de 100 mil pessoas no arquipélago. Depois houve o ciclo do sal, onde navios abasteciam a Europa. A fase dos navios a vapor, que reabasteciam de carvão para poder atravessar o Atlântico - Carvão trazido da Inglaterra, não produzido aqui. Até 1975, Cabo Verde pertenceu a Portugal, quando então conseguiu sua independência. Ocorre que o arquipélago está longe de tudo, tem um solo difícil, não tem água potável (depende da dessalinização), gera energia a partir do derivado do petróleo, e com tudo isso acaba não tendo capacidade de se desenvolver e possibilitar a qualidade de vida aspirada nos dias de hoje. Mas, apesar de certa pobreza, o cabo-verdiano parece muito honrado, orgulhoso da sua condição, alegre, cordial e amigo. Tem uma identidade com o Brasil. Sintonizam as Tvs Globo e Record, do Brasil (coitados), e tocam muita música brasileira em seus rádios, mas uma música com bastante bom gosto, não as bréguices que temos produzido ultimamente.
Bem, companheiros de viagem, vamos encerrando, pois o mar nos espera. Amanhã apontaremos para sul-sudoeste, e só pararemos em solo brasileiro. Aonde não sei, depende do vento e do mar. Vou tentar Salvador, mas tenho Recife e Noronha como cartas na manga. A navegação, a partir daqui, é mais ou menos tranquila. E só seguir o caminho para as Índias, do Cabral. Alíseos para sudoeste e oeste, até 10 graus norte, depois zona de calmarias até 5 graus norte, depois alíseos para oeste, que se não cuidarmos nos leva de novo para o Caribe. Deixar os penedos de São Pedro e São Paulo bem por boreste, tentar deixar Noronha também por boreste, cuidar com os traiçoeiros "pirajás", que são temporais rápidos e fortes e estarão no nosso caminho.
Como veem, a fórmula é simples, só precisa coincidir com os planos de Netuno, Posseidon, Eolo, São Pedro, Iemanjá, etc... Contamos com a ajuda de todos eles, e a de vocês, com aquele pensamento positivo, rezas, despachos, promessas, e mais o que puderem providenciar.
Até aí então!
Para os que querem acompanhar nosso andamento, sigam o spot:







8 comentários:

  1. Bons Ventos! Que o retorno seja breve, pois longa já é a espera. Renise

    ResponderExcluir
  2. Caros amigos... com certeza a parte do cagaco já ficou no litoral marroquino. Que a boa sorte continue acompanhando vocês neste retorno. Boa viagem. Maurício Carneiro.







    ResponderExcluir
  3. Fiquei emocionado com tua postagem. Parece que o teu sonho e de todos nós esta chegando ao fim quando tu colocares a proa para o Brasil..........
    Forte Abraço

    Bons Ventos
    Guego

    ResponderExcluir
  4. Hai comandante
    Tu é ligeiro mesmo, o marroquino queria pegar o tapete de volta e de novo deste um nó no cara....kkkkkkkkkkkkkkkk.
    Grande retorno e abraços
    Betinho Burigo

    ResponderExcluir
  5. Pai, me arrepio de saber que estás voltando! A saudade é grande! Os olhos enchem de lágrimas. Estamos loucos para recebermos nosso Sex(y)agenário aqui!
    Essa do sal foi boa! Não sei não.. com o sol que vocês levaram na nuca esse tempo todo, nem a ilha inteira de sal para conservar!
    O nome do barco do camarada francês deve ser "See you later alligator". Gostei!
    Bom, estamos esperando. Bom retorno. Bons ventos. Que a boa sorte continue acompanhando vocês!
    Bjos, Lú

    ResponderExcluir
  6. Queridos, todos os santos respondem com o sinal de ocupados a quem queira pedir-lhes proteção, porque eu e mamy já os contratamos com exclusividade para o trio parada dura (Norberto, Cesar e o Ftrulete). Cabo Verde mexeu comigo. Arquivei mtas fotos que vc postou, Norberto. Cenários assim me falam de um Deus criador.
    Senti na sua narrativa a ansiedade da chegada e é muito bom que estejam de volta. Todos estamos com saudade e estar com sua família certamente será o seu presente de aniversário. Espero que a Rê curta vc salgado. kkkkkk
    Que os bons ventos os tragam seguros, felizes e com o sabor de sonho realizado na boca.
    Abraço especial pelas 6 décadas de vida bem vivida, Norberto.
    Deus os proteja!
    Bons ventos
    Sandra

    ResponderExcluir
  7. Soltar as amarras é ato de coragem, permite ver o mundo por outro vértice, parabéns aos que o fazem. Embora os admire, jamais teria coragem de deixar o meu dia a dia. Bons ventos, velejadores, o blog é lindo. Vanessa, Urussanga.

    ResponderExcluir
  8. 31/10 - Bem vindos ao Brasil! Acompanhamos os 15 dias de travessia pelo Spot. Aguardamos os relatos de mais esta etapa. Parabéns! Boa sorte sempre no retorno ao sul. Maurício Carneiro.

    ResponderExcluir