sábado, 10 de agosto de 2013

Projeto Volta Atlântico - Etapa 17 - Debandada geral!!!

Dado ao sucesso da travessia do Atlântico Norte, foi decretado ponto facultativo a bordo, por 15 dias.
Como todo marinheiro que chega em terra, depois de longo tempo no mar, a tripulação saiu para terra, ávida por conhecer novos territórios. Único compromisso: Se apresentar a bordo no dia 5 de agosto, para retomar o batente.
Eu, de minha parte, já tinha tudo planejado. Me encontrar com Renise, minha mulher, que a quase 6 meses não vejo, a não ser pelo Skype, e juntos, fazer um tour por parte de Portugal e Espanha.
O César, programando alugar uma bicicleta e conhecer a Galícia (norte da Espanha), que está a 40 km  daqui.
Isto significa que esta postagem, promete muita variedade de fotos e descobertas, e promete também ser muuuuuito extensa. Peço paciência. Sugiro degustarem por partes.

O Firulete ( o 3º), em companhia de coleguinhas viajantes, ficou confortavelmente atracado na Marina Porto de Viana, hibernando em pleno verão. Mas o coitado fez por merecer este descanso.

Eu, ávido por reencontrar a mulher, e cheio de amor pra dar, viajei 300 km para o sul, até Lisboa, e amanheci no aeroporto, a espera dela, ...

que chegou como uma Vênus, só que cansada de tanto voar. Cansou mais na travessia pelo ar, do que eu, que vim por água. O problema é que os aviões estão cada vês mais apertados e desconfortáveis.

Depois de repor energias no hotel, saímos para um primeiro reconhecimento dos arredores. Como estamos no centro histórico, tudo está muito próximo.

Subimos o Elevador Santa Justa, um equipamento urbano que funciona desde o século XIX, e que liga a Baixa com Bairro Alto. Se avista de lá toda a parte baixa de Lisboa, que foi onde a cidade nasceu, na beira do Tejo.

Do mirante, se sai por uma passarela, pelos contrafortes da gótica Igreja do Carmo, e se dá no Largo do Carmo onde há o Museu Arqueológico do Carmo, e rola uma música ao vivo.

Como é bom sair a esmo pela cidade e ter chance para ser surpreendido a cada momento. A primeira vista, estamos encantados com Lisboa.

As padarias nos chamam atenção. Quantos pães apetitosos. Se justifica a fama das padarias portuguesas de São Paulo.

Num bar-restaurante rolava um animado samba ao vivo, que invadia a rua e contagiava clientes que dançavam num espaço entre mesas na rua de pedestres. O nome do bar explicou tudo. Trata-se de um point já famoso de Lisboa.

Saindo da visita a uma igreja antiga, aliás entramos em todas que estejam abertas, encontramos o Marcos e a Anelise, com sua mãe, e a trigêmeas Catarina, Clara e Laura. Eta mundinho pequeno! Moraram em Criciúma até recentemente, e agora voltaram para Floripa, de onde saíram. Descobrimos que estão num hotel, defronte o nosso, na avenida Liberdade.

No dia seguinte, adotamos um pacote turístico que por 48 horas disponibiliza ônibus, a cada 30 minutos, em algumas rotas que perfazem os principais pontos de atração da cidade. Uma maneira muito prática de conhecer uma cidade tão grande e com tanta informação.
Em 1755, Lisboa sofreu o maior terremoto que atingiu a Europa. Um terço da cidade foi destruída e morreram 60 mil pessoas. Marquês de Pombal foi encarregado da reconstrução. Foi tão eficiente que se tornou muito famoso. É dele uma frase que se tornou célebre, pela sua praticidade "Vamos cuidar do vivos e enterrar o mortos". Reconstruiu o que interessava e aproveitou para replanejar a cidade, transformou labirintos em largas avenidas e parques, que foram fundamentais para possibilitar o desenvolvimento da Lisboa moderna. Aqui, um monumento com alguns restos da catástrofe.

 Fomos, ao longo do itinerário, selecionando onde saltar, para investigar melhor.

O Monastério dos Jerônimos é um dos símbolos da Lisboa antiga. Iniciado por D. Manuel I em 1501, e concluído um século depois, para que a Ordem dos Jerônimos rezassem pela sua alma e pela dos navegantes portugueses.

O prédio é magnífico e representa o período manuelino, que foi o auge econômico de Portugal, com reflexos na arte e arquitetura.

No seu interior, repousam figuras ilustres portuguesas, como o navegador Vasco da Gama, e ...

o meu poeta maior, Fernando Pessoa. Na lápide, uma das suas pérolas:
"PARA SER GRANDE, sê inteiro nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha. Porque alta vive."
Essa ele escreveu em 14/2/1933, aniversário da Renise, antes de nascer.

O sistema viário da cidade é muito eficiente. Largas avenidas, estacionamentos subterrâneos, uma rede de metrô bem abrangente, complementada por trens que cobrem as cercanias, garantem uma circulação sem gargalos. Aqui um bonde elétrico moderno, que faz a orla até Cascais (a praia principal).

Na margem do Tejo, a Torre de Belém, protegia a entrada da cidade e controlava a entrada das caravelas, que voltavam carregadas de riquezas e especiarias, ...

o Monumento aos Descobrimentos, construído em homenagem a D. Henrique, o navegador, ...

e, como porta de entrada da cidade, a partir do rio, a enorme Praça do Comércio, com seus antigos bondes elétricos, ainda em funcionamento.

A Casa dos Bicos, de 1523, abriga um memorial do renomado escritor José Saramago.

É muito forte a influência árabe na arquitetura histórica da cidade.

Chama a atenção o Museu do Design, com sua inusitada fachada, com enormes caiaques. Contém peças de mais de 230 artistas de do todo mundo.

Ao longo da margem do Tejo, a zona portuária ocupa uma faixa estreita e muito comprida. Seguimos por ela e ...

chegamos na parte moderna da cidade. Em 1998 Lisboa sediou a Exposição Universal (EXPO), era a última exposição do século e coincidia com as comemorações do 5º centenário da expedição de Vasco da Gama, que dobrou o Cabo das Tormentas, no extremo sul da África, e abriu o caminho para as Índias. Para isto construiu o Parque das Nações. Uma larga faixa, totalmente reurbanizada, junto do rio, que reúne equipamentos de lazer, eventos, esportes e cultura, e junto desta, uma área comercial e de serviços, que garantiu um ar de modernidade para cidade.

Aqui, o Oceanário, um prédio que mostra o mundo marinho. É fim de tarde, já não conseguimos visita-lo, mas volto aqui, com certeza.

O Museu do Conhecimento. Que vontade de entrar também. Parece que poderíamos ficar os 15 dias só em Lisboa.

Ao longo desta moderna faixa que margeia o Tejo, pode ser feito um passeio em teleférico, mas preferimos caminhar ...

pelo largo passeio arborizado, onde um canal com água, ladeado por deques de madeira, segue por mais de 1 km.

Totens, onde a água escorre suavemente, de repente, expelem um montão de água. No canal também, onde repousa uma calma lâmina d'água, de repente, passa uma pequena onda que sincroniza com os jorros. Um show!

Além do mais, o canal e os totens, são de uma cerâmica que vai, num degradê, trocando de cor.
De repente, que surpresa! Estávamos do lado do Pavilhão de Portugal, uma das principais obras do arquiteto português, meu guru, Álvaro Sisa.

O prédio forma uma praça, coberta por uma laje atirantada, como se fosse um enorme lençol. Imagino um vão de uns 50 metros. Um obra que alia arquitetura e engenharia, com muito arrojo e elegância.

Pela nossa direita, vão surgindo prédios que são verdadeiros monumentos a modernidade, ...

enquanto no passeio, segue o espelho d'água, que agora já está em tons de azul, onde a blusa da Renise parece se fundir, ...

e termina permeando o verde com o amarelo.

Pelo nosso lado esquerdo, os prédios comerciais e privados seguem no padrão e modernidade, ...

e obras de arte enriquecem o espaço público.
 
No meio deste cenário está a Estação do Oriente. Um terminal de ônibus, trem e metrô, projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, famoso por suas arrojadas estruturas, com formas aladas. O terminal se integra ao Centro Comercial Vasco da Gama e garante ótima acessibilidade ao Parque e aos eventos.
 
No seu interior estava acontecendo uma feira de livros usados.
 
Apesar de estarmos apaixonados por Lisboa, decidimos seguir adiante, e cumprir o nosso roteiro delineado, focando principalmente o setor histórico. Como nosso circuito se fecha no final em Lisboa, vamos ver se sobra mais um tempo para curti-la um pouco mais.  No dia seguinte passamos pelo estádio do Benfica e, de trem, fomos para Sintra. Uma pequena cidade com muita história.
 
Fica na Serra de Sintra, próxima do mar. É onde os monarcas e nobres vinham passar o verão. Em 95 foi declarada Patrimônio da Humanidade, pela Unesco.
 
 
Subimos um pico para visitarmos o Castelo dos Mouros. Remonta ao século IX, período de ocupação muçulmana, e é a melhor exemplo de arquitetura militar árabe, em Portugal.
 
A fortificação ocupa o alto de um monte, e tem uma vista magnífica para toda a região.
 
Sobre uma pedra, um mouro virou estátua e continua a vigiar a costa.
 
 Lá de cima avistamos várias e suntuosas casas de veraneio.
 
Passamos para um outro pico, onde se situa o Palácio da Pena. A obra mais representativa do romanticismo português. Encomendado por D. Fernando II, em meados do século XIX. Ali, no século XII já existia uma Capela. Em 1503, o Monastério da Ordem dos Jerônimos. Em 1755, com o terremoto, sofreu vários danos. O Palácio junta tudo e resulta numa bela e rica composição.
 
Os aposentos reais guardam toda mobília e acessórios originais da época, e é impressionante ver como a ocupação árabe legou um gosto e soluções na cultura ibérica.
 
No coração da velha Sintra, ergue-se o Palácio Real. Construído no século XIV, sofreu depois vários acréscimos.
 
Aqui também é presente a influência árabe na arquitetura.
De Sintra, subimos para Fátima, para conhecer o famoso Santuário.
 
Quando chegamos, estava encerrando uma missa, e uma multidão deixava o recinto da nova basílica.
 
A nova e a antiga igreja formam um eixo, onde uma praça monumental, é o espaço que reúne os milhares de peregrinos que para cá convergem, em datas comemorativas das aparições de Nossa Senhora, aos 3 pastorinhos, em 1917.
Apesar da grandiosidade, o Santuário é muito bonito, impressiona e emociona. Renise, que é muito espiritualizada, chorou de emoção, no interior da basílica, quando viu aquela multidão, em plena manhã de um dia de semana comum.
 
O Santuário, do ponto de vista de arquitetura, é majestoso e elegante. Mistura o antigo e o moderno com muita maestria, e me pareceu muito funcional e bem dimensionado para acolher as multidões de fiéis. Destaco particularmente este banco, que é composto por peças pré-fabricadas de concreto, e que achei uma solução genial de mobília urbana. É um exemplo de como simplicidade e criatividade pode resultar em eficiência e harmonia.
 
De Fátima, seguimos para Coimbra. Uma cidade antiquíssima, que foi a primeira capital do reino português, e hoje é a terceira cidade em habitantes. Ocupa um sítio, onde estava estabelecida a Aeminum , na época da ocupação romana, no século I, e que foi arrasada pelos Suevos, no ano de 468.
 
Naquele cenário histórico, assistimos a uma apresentação de um grupo etnográfico, com música e dança, que lembrou as Festas Joaninas, da ilha Terceira (Açores). Um show!
 
O centro histórico é composto de um emaranhado de ruelas estreitas e becos, mas há muita vida, muitas bares e restaurantes, e os velhos prédios continuam ocupados e bem mantidos.
Nesta rua, uma alegoria com coloridas sombrinhas suspensas, deu um aspecto alegre e elegante.
 
Na Praça do Comércio, que é uma rua-praça, dia e noite está acontecendo coisas interessantes.
Hoje é dia de feira. Uma grande feira de usados e antigos.
 
Passamos um bom tempo ali, bisbilhotando coisas interessantes e saudosistas. Os feirantes mais pareciam apaixonados colecionadores. Acho que estavam ali mais interessados em mostrar suas relíquias, do que para venderem algo.
 
A Sé Velha, edificada no século XII, é de estilo românico, e mais parece uma fortaleza, ...
 
mas seu interior é imponente e rico.
 
Na parte mais alta da cidade, fica o conjunto de prédios que compõe a famosa Universidade de Coimbra, uma das mais antigas da Europa.
 
Renise está no acesso principal do prédio, onde ocorrem os atos acadêmicos e funciona a faculdade de Direito.
 
Visitamos seu interior, onde haviam muitas obras de arte, mas não era permitido tirar fotos. Fotografamos então a vista, que da universidade, se tem para a parte histórica da cidade e para o rio Mondego.
 
Na saída, defronte o prédio da Biblioteca, que contém mais de 150 mil livros e manuscritos, alguns deles de raro valor, encontramos Carolina, uma curitibana que cursa direito aqui. Estava de preto e de toga, como andam os alunos aqui. Ela e Renise, que leciona no Direito em Criciúma, trocaram figurinhas e, para foto, Carolina passou a toga para Renise.
 
Nos fundos do prédio da Faculdade de Botânica, está o Jardim Botânico. Data do século XVIII e foi mais uma obra do Marques de Pombal.
 
Um lugar muito agradável, onde fizemos belas fotos.
 
Por entre os prédios da Universidade também há belos jardins.
 
Na volta. passamos pela Sé Nova, de 1772, ocupa a igreja construída pelos jesuítas, no século XVI, e ...
 
assistimos uma apresentação de fado, a música que simboliza Portugal. Num centro de estudos de fado, mantido por alunos da universidade. O estilo lamentoso, lembra muito o tango argentino. A sonoridade da viola portuguesa, que tem 12 cordas, é linda.
 
Na saída, Renise puxou conversa com uma "purtuguêsa", mas acho que ela não falava "purtuguês".
 
No dia seguinte, fomos visitar o Museu Machado de Castro, que funciona na antiga sede do Palácio Episcopal, ...
 
e tem um anexo moderno, todo em vidro.
 
O prédio se assenta sobre uma base, toda em pedra, que forma uma cave em galerias abobadadas, de 2 pisos. Construção romana, do século I.
 
O museu, este ano comemora 100 anos, mas guarda séculos de arte, na modalidade de pintura e escultura.
 
Passeamos mais um pouco pelo centro histórico e aqui passamos por mais uma apresentação musical de alunos da universidade, todos de preto, vestindo a toga. Acho que não tiram nem para dormir.
Tocam para conseguir um dinheiro extra. Só não sei se para ajudar nos estudos, ou para custiar a cerveja.
 
Depois atravessamos o rio e fomos visitar o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
Trata-se de um antigo mosteiro, encomendado pela Rainha Santa Izabel de Portugal, na beira do rio Mondego. Com o tempo, o rio sofreu alterações de nível, provavelmente por assoreamento e represamento na sua foz, e o conjunto foi progressivamente sendo tomado pelas águas.
O acesso se faz por um prédio moderno, todo em concreto, onde estão todos os registros do passado e da luta das freiras para salvar o mosteiro. No século XVII, desistiram dele e construíram o Mosteiro Santa Clara-a-Nova, desta vez bem longe do rio.
 
A parte do claustro ruiu e só sobraram as bases. As peças de pedra soltas, estão expostas no moderno pilotis do acesso mas ...
 
a igreja resistiu, e revela toda a beleza e elegância do gótico.
 
A noite, entramos num trem, em Coimbra, e acordamos no amanhecer, em Madrid. Um trem da Renfe, a mesma empresa que sofreu o acidente em Santiago de Compostela, a poucos dias, onde morreram 80 pessoas.. Mas saímos ilesos.
 
Ainda a caminho do hotel reservado, já íamos fotografando. Durante a viagem tenho escolhido os hotéis pela internet e feito reserva. Utilizo o site www.hoteis.com,  e tem sido ótimo. As informações são confiáveis e temos gostado de todos.
 
Estamos já tarimbados. Começamos fazendo o tour com os ônibus panorâmicos, e assim temos um panorama do que há de mais interessante. Vamos intercalando com caminhadas, para poder investigar melhor, e é onde fazemos as melhores fotos.
 
Caminhando, fomos surpreendidos pelo Mercado de São Miguel, ...
 
Sob uma bela estrutura metálica, mais parecendo parisiense, ...
 
um paraíso para gourmets. Lembrei dos meus amigos, bons de fogão: Édio, Ely, Mauro, Carlos. Iriam adorar.
 
Algumas espécies muito esquisitas, como o Percebe, um crustáceo como uma craca gigante.
 
E seguimos caminhando. Nossa performance de turista já é 5 estrelas. Madrid é uma sequência de largas avenidas, praças monumentais, clássicos prédios, conservados como novos. Ao contrário de Portugal, onde os prédios são brancos, aqui tudo é escuro. Muito tijolo a vista, como Londres. Raramente se vê um branco. Muitas fontes e flores, e muita gente na rua.
 
No fim da tarde os barzinhos, cafeterias e restaurantes vão se enchendo. E nós, como já estamos cansados da vida dura de turista, também vamos selecionando um point.
 
Não sei se são os quase 40 anos de casados, mas eu a Renise combinamos em tudo, principalmente quando estamos passeando. Polvo é uma das nossa preferências, e um Pulpo a Galega, com vinho ou cerveja, não resistimos.
 
 No dia seguinte, começa tudo de novo. Agora partimos para outra direção.
 
Passamos por um edifício que eu já conhecia de uma revista de arquitetura. É em vidro, mas tem 3 peles. Uma de vidro semi-tranlúcido e ventilada. uma de persianas de madeira e outra com caixilhos de vidro vedado. Uma maravilha!
 
Passamos estádio do Real Madrid. Está totalmente inserido no espaço urbano e não causa nenhuma agressão visual.
 
A cidade é repleta de símbolos urbanos renascentistas, e utilizam muito a água, até como elemento atenuante para o forte calor e o clima seco.
 
O alto dos edifícios são coroados por fortes referências que criam um aspecto teatral ao cenário urbano. Auxiliam bastante no sentido de localização do transeunte.
 
Passamos numa loja de suvenir que vendem espadas, elmos e armaduras. Pensei em levar um paramento para pular o carnaval, de Cavaleiro Medieval.
 
 
Don Quixote e Sancho Pança, são também ícones desta cidade.
 
Nosso hotel fica próximo a Porta do Sol, uma praça referência com estação do metrô. Ficamos no coração de Madrid.
 
Entramos num restaurante todo em motivo taurino.
 
Nas paredes tudo era tourada.
 
Muitas fotos de personalidades presentes em touradas. Numa delas estava o Tche Guevara. É muito estimado aqui na Espanha.
 
Como carne, dificilmente é a nossa escolha, acabamos comendo umas "tapas" de morcilha.
 
Dois edifícios me chamaram a atenção pela arquitetura. O primeiro, do banco Caixa de Depósitos, todo em tijolo a vista e chapa metálica enferrujada. No recuo, que forma uma praça seca, a vegetação está toda num plano vertical.
 
O volume do prédio se projeta sobre esta praça e faz um balanço gigante, todo sem apoio.
 
A escada de acesso, com caixa e degraus todo em aço inox também me impressionaram.
 
No segundo edifício, uma ligação entre dois antigos prédios industriais que se transformam em sede para empresas jovens.
 
Uma proposta muito despojada, onde a única empresa já em funcionamento, incorporou a linguagem livre dos arquitetos. Imagino que este seja o conceito dos escritórios horizontais da era multimídia.
 
Os espaços comuns dão um clima futurista. Um projeto pequeno mas ousado. Cheio de detalhes e soluções muito criativas.
 
Aliás a cidade é cheia de detalhes que revelam criatividade. Observem este guarda-corpo que prolonga-se e se transforma num estacionamento de bikes.

No dia seguinte, tiramos para visitar o Museu do Prado, o maior acervo de arte da Espanha, mas não permitem fotografar. Passamos horas viajando no tempo, através da pintura e escultura.
E assim termina nosso tempo de Madri. Daqui rumamos para a Andaluzia, sul da Espanha, mais precisamente Sevilha.
 
Depois de uma caminhada pelo centro histórico, e ...
 
uma volta pela rota do ônibus conversível de turismo, que também tem aqui, tivemos uma boa noção do que podíamos explorar de melhor em Sevilha.
 
Começamos pela visita ao Museu de Belas Artes.
 

Um prédio muito bonito, ...
 
 
com um acervo magnífico.
 
Voltamos para a rua. O calor é enorme, enquanto nos chegam notícias da neve que cobre Santa Catarina.
 
O calor aqui é muito seco, a ponto de os ambientes externos, nos bares e restaurantes, terem um vapor d'água sendo lançado no ar, para torna-los confortáveis.
 
Passando por uma loja só de artigos de madeira, não resisti uma foto com uma moto, em tamanho natural, feita minuciosamente, em madeira. Um belo suvenir para quem adora moto, pena que não coube no bolso.
 
A influência árabe esta presente em tudo, no sul da Espanha. É a principal característica da Andaluzia.
 
Uma das principais atrações de Sevilha é o Real Alcázar. Trata-se de uma fortificação moura, bem no centro histórico, com uma arquitetura primorosa no seu interior.
 
Muitos pátios internos, com espelhos d'água e jardins. ...
 
ambientes internos com pequenas fontes, e ...
 
 
pés-direitos muito altos, resultam num conforto excelente, apesar o calor e secura externos. Uma arquitetura sábia, de quem se abriga em desertos.
 
O esmero no tratamento dos vãos abertos, ...
 
a beleza dos seus azulejos, ...
 
e o geometrismo, nos seus chãos e paredes, são suas principais características.
 
Saímos encantados com tudo naquele lugar.
 
De volta as ruas, caminhávamos pelas vias mais estreitas, pois são menos ensoladas e portanto, mais amenas. Atentem para a largura desta. As faixas cinza, nas paredes, dão uma ilusão de ótica de maior largura, mas tinha apenas uns 2,20 metros.
 
No fim de tarde, todos saem para as ruas, e vão matar suas sedes, ...
 
o que a gente segue sem pestanejar.
 
A noite um vinho, com Pulpo a Galega, ou ...
 
uma Paella, ou ainda, Arroz Nigro com Frutos del Mare. E assim a gente vai levando esta dura vida de turista. Eu e a Renise combinamos muito para viajar. É até um pecado ela ter que voltar para casa.
 
A noite fomos no Museo del Baile Flamenco, para uma apresentação de dança. O palco está num pátio interno do prédio, coberto com vidro, de onde pende árvore (com raiz e tudo), mobília, tudo que poderia ser a ocupação do pátio, como se levitasse.
 
A apresentação foi magnífica. O flamenco pode ser visto em toda a Espanha, mas aqui está o seu berço, e tem na sua vertente também muito do mouro. A música e dança Cigana, bem como o tango, dos nossos Hermanos, tem semelhanças. É uma expressão muito forte, ...
 
que está muito bem representada, na fisionomia desta dançarina, que fotografei de um óleo sobre tela, no museu.
 
No dia seguinte, em mais um passeio pela cidade. A estátua do marinheiro que era de Sevilha e, do alto do mastro da caravela de Colombo, avistou e anunciou "Tieeeeeeeerra!", quando em 1492 descobriam a América.
 
Um edifício da Expo 92, todo em aço cortenho, cuja característica é criar uma pátina superficial de ferrugem.

A água é muito presente, para amenizar um pouco o clima.
 
Aqui, na Alameda de Hércules, no passeio público, sai do chão um vapor d'água e crianças ficam, em traje de banho, a se refrescar no vapor.
 
Para fugir do calor, fomos visitar a Catedral, ...
 
que com o seu pé-direito gótico é de um frescor e acústica muito agradáveis.
 
É considerada o maior patrimônio de Sevilha, juntamente com o Real Alcázar, É enorme e tem vários ambientes que formam outras igrejas menores.
 
Sua Giralda, que é a torre, pode ser subida por 40 lances de rampa + 17 degraus.
 
Lá de cima, fiz boas fotos da catedral e seu jardim interno, ...
 
dos seus arredores e da cidade. Isto com a cabeça embaixo de sinos com mais de 3 metros de diâmetro.
 
Depois visitamos a Torre del Oro, que é uma torre de pedra, com farol, localizada na margem do rio. Controlava o grande movimento do porto, no tempo das caravelas. Hoje, com as pontes, já não possibilita navegação, a não ser de pequenas embarcações. Ali, um pequeno museu náutico expõe, mapas, réplicas das naus, equipamentos e registros dos grandes feitos marítimos. Aqui a figura do Fernão de Magalhães, cuja expedição foi a primeira a dar a volta ao mundo, e assim confirmar de que era redondo.
 
Do mirante da Torre, tirei mais umas fotos da cidade e seu rio.
 
No dia seguinte, antes de embarcar para Lisboa, dei uma corrida no Pabellón de la Navegacion, que funciona neste prédio, do outro lado do rio, e que não tive tempo de visitar, pois estivemos mais focados no centro histórico.
 
Lá chegando, pude perceber o quanto estava perdendo em não ter priorizado aquela visita. Mas nosso ônibus partiria em menos de 1 hora. A simpática recepcionista me deu alguns informes do que continha no pavilhão e me permitiu subir na torre-mirante, para fazer umas fotos lá de cima.
 
Naquela manhã esplêndorosa, tudo ficou ainda mais bonito. O rio, ...
 
a ponte do Calatrava (o arquiteto espanhol da Estação Oriente-Lisboa), ...
 
a cidade, ...
 
o Parque da EXPO 92.
 
Logo abaixo estava o enorme canteiro de obras daquele prédio que, com seus 40 pavimentos, teima em aparecer em todas as fotos da cidade, que tem um perfil bem plano. Trata-se de um projeto do renomado arquiteto César Pélli, argentino que trabalha nos Estados Unidos.
 
Lá de cima, pude perceber o quanto poderíamos ficar mais em Sevilha. Mas nosso tempo acabou.
 
Fui pelo elevador, mas de curioso, desci correndo pelas rampas internas. Este pavilhão é um belo projeto de um arquiteto de Sevilha, foi construído também para a Expo de 92, portanto tem já 21 anos, mas muito moderno e elegante. A recepcionista me falou que o interior do pavilhão lembra um barco. Isto me deixou ainda mais curioso, mas fica para uma próxima visita a Sevilha, quem sabe. 
 
Chegamos já noite em Lisboa. Fomos ao hotel, tomamos um banho, e fomos fazer nossa despedida gastronômica no "5 Oceanos", um restaurante nas docas, indicado por amigas da Renise que aqui estiveram. Comemos Bacalhau ao Grélo. Não sei porque mas o nome me agradou.
 
Na manhã seguinte, Aeroporto. Renise volta para casa e me deixa na dura tarefa de velejar até o Brasil. Fazer o quê? Alguém tem que "tocar o barco".
Nesta hora o coração aperta e fica um nó na garganta, principalmente porque nossos dias juntos foram maravilhosos.
 
Para não ficar tão na fossa, comprei a passagem para Viana do Castelo, onde está o barco, para o final do dia, e fui visitar o Oceanário, que não esquecera.
 
Na entrada, conheci o Ricardo, um brasileiro de Recife, que faz doutorado aqui em Aveiro. Fizemos a visita juntos. Passamos horas embevecidos com tanta beleza. São 53 milhões de litros de água, cuidadosamente controladas em temperatura e salinidade, simulando cenários vivos do Atlântico, Pacífico e Índico. São raias, jamantas, tubarões, meros, garoupas, atuns, sargos, barracudas, e um mundo de peixes que eu nem conhecia. O ambiente marinho, com rochas enormes formando centenas de refúgios, só que todos visíveis, por mais de uma dezena de painéis de vidro, devia ter ao todo uns 10 metros de profundidade. Os peixes pareciam muito a vontade e em perfeita harmonia.
 
De repente, entram dois mergulhadores e, diante de pequenos alunos de uma escola, começam a distribuir alimento para os peixes, na boca. Isto mesmo, cada peixe tem sua dieta, balanceada e definida por nutricionistas, e são tratados na boca.
 
Aqui, três enormes raias recebem sua parte. Todos se comportam muito bem e não disputam alimento. Parecem até adestrados.
 
Num outro ambiente, com rocha aflorando da água, ...
 
via-se lontras preguiçosamente a flutuar, ...
 
e num ambiente climatizado, pinguins faziam algazarra na água e nas pedras. Observem atrás de mim e do lado, maciços de gelo sobre a rocha.
 
Calmas tartarugas nadando, como quem tem séculos pela frente.
 
Os ambientes marinhos iam se sucedendo, simulando manguezais, cenários coralíneos, a escuridão das profundezas, ...
 
e as vidas ali reinante. Um mundo fascinante e em equilíbrio, ao alcance dos olhos de crianças e idosos. Um lugar paradisíaco, que nos mostra que já vivemos no paraíso. É só saber aprecia-lo. A exuberância da vida é algo que, não basta estar vivo para perceber. Aliás, no túmulo de Fernando Pessoa também há um poema seu, de 1919, que diz:
NÃO BASTA abrir a janela
Para ver os campos e o rio
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
 
 
E assim encerro esta postagem, pelo menos a parte que vivi, porque tem mais!
Passo aqui a relatar as vivências do César, durante estes mesmos dias. Ou melhor, ele passa a relatar:
 
Hã? Agora sou eu? Então lá vai:
Nesses 15 dias, resolvi alugar uma bike e conhecer a Galícia. O Chico (dono da loja), me indicou fazer o Caminho de Santiago Português. Junto com a bike veio a garupa, os alforjes, 2 câmaras de ar, uma bomba, e um kit de reparos para furos de pneus. Parti na terça feira, 23.07.
 

 Saí de Viana às 13:30hs; e a primeira Vila que parei foi Ponte de Lima. Fundada em 1125, no tempo em que Portugal ainda fazia parte do reino de Castela.
 
 Uma das atrações da cidade é esta ponte. A cabeceira dela foi construída pelos romanos no século I. O restante na Idade Média. Para proteger a cidade de invasões, havia uma lenda na vila de que a pessoa que atravessasse o Rio, perdia a memória...Rio? Que rio??
 
 
 Esta é a parte do Caminho que os ciclistas se dão mal. Uma montanha com 4 km de extensão, e com PEDRAS. Impossível de pedalar... bike na mão...pagando os pecados. O monte chama-se Labruja (se fosse em espanhol seria mais apropriado: La Bruja...)
 
 Nesse monte encontrei uma peregrina: Maria, de Lisboa. Subimos juntos, um dando força ao outro. E acabamos ficando amigos, e dando boas gargalhadas juntos. Ficou de ser minha guia turística, quando estivermos em Lisboa.
 
O Caminho é muita natureza, e muito agradável. Quando parava para "encher o tanque", sempre escolhia a dedo os lugares.
 
Entre uma cidade e outra, o Caminho é feito por trilhas. E quando chega nas cidades, passa em frente à igreja e sai para as trilhas novamente. Esta foi a última cidade de Portugal (Valença).
 
E despues, fui un pouquito más ajá...
 
 
Os peregrinos do Caminho são muito bem recebidos pela população das cidades e vilas.
 
 
Numa cidade espanhola, chamada Redondela; encontrei o Sérgio, um irmão do skate. Aí, depois de ter subido algumas morrebas, ainda sobrou um pouco de perna para matar a saudade...
 
Como pedalava cerca de 9hs por dia, precisava manter o estoque de glicose em dia. Com café e tudo.
Detalhe: com água fria, e reparem na xícara (uma forminha de alumínio dos pastéis de Belém).
 
 
Há muitos rios na Galícia, e consequentemente muitas pontes. Cada uma mais bonita que a outra.
 
 
As igrejas são todas de pedras, assim como as cidades mais antigas: casas, ruas, telhas... tudo de pedra. A única coisa que tinha cores diferentes das pedras eram as portas e janelas. O que tornava muito bonito este contraste.
 
2 dias e meio depois de minha partida de Viana, estava em Santiago da Compostela. No Albergue de Peregrinos, muita gente de todas as partes do mundo, mas com 2 coisa em comum: a satisfação e o cansaço.
 
 
 
 
Santigo é uma cidade BELÍSSIMA!! Na verdade, como sempre tem acontecido em nossa viagem, cheguei  dia de Santiago (25.07). A cidade estava cheia de turistas porque haveria uma grande festa em comemoração. Porém, um acidente de trem nas proximidades, que matou 79 pessoas, cancelou as cerimonias, e a cidade estava de luto.
 
No Albergue, fiz amizade com Serdar (ucraniano) e Saglara (russa). São pessoas muito parecidas comigo no modo de pensar. Conversamos muito (em espanhol), e rimos muito porque nenhum de nós 3 têm cara de ser de onde era.
  
Cena comum nos albergues: tratamento de bolhas nos pés... 
 
Terminado o Caminho de Santiago (170km depois de Viana), resolvi conhecer o litoral da Galícia. Então meu objetivo era andar o máximo possível em um dia. Por isso saí das trilhas, e fui para o asfalto. Porém, entrei em uma autopista... onde era proibido pedalar... 10km depois parou uma Van e me levou para outra estrada. Uma estrada nacional, onde poderia pedalar. Acabamos conversando bastante (eu, Jorge e Pablo); e depois de tirar uma foto deles, segui a viagem.
 
Na verdade, o símbolo espanhol para proibido, é bem diferente do brasileiro. Vejam a placa:
 
Em cima a autopista, em baixo a ruta nacional (reparem na altura...)
 
De repente passei por um cartaz, com uma foto familiar... 
 
E aí cheguei ao litoral Norte da Espanha. Mar Cantábrico. Adivinhem quem que "dei" algumas nadadinhas aqui?
 
Esta é a Praia As Catedrais, em Ribadeo.
 
 
 
E aqui é Viveiro.
 
Barqueros
 
Bares.
 
 
E aqui o ponto mais Norte da Espanha: Faro da Estaca de Bares. Foram 5km de subida e 2km de descida para chegar até aqui; e  depois voltar os 7km para continuar a viagem.
 
 
 Minha vó sempre dizia: "saco vazio não para em pé". Por isso, água, coca cola, mel e leite (que começava de manhã como leite, e à  noite era promovido à coalhada líquida...)
 
 
 
Para vir até Cabo Ortegal, tive que sair da rota novamente e subir 5km numa estrada "vertical"... Mas valeu MUITO a pena.
 
 
No dia seguinte, já estava psicologicamente preparado para enfrentar pior dos morros. Saí de 5m acima do nível do MAR, e em 7,5km cheguei a 615m... Loucura!
 
 
 E depois de tanto subir cheguei a um dos santuários da Galícia: San Andres do Teixido
 
Todos os dias encontrava muitos cicloturistas. Mas este casal me chamou a atenção.
 
Na Galícia há muitas frutas: pés de maçã são comuns em qualquer lugar (comi algumas na beira da estrada). No Sul da Galícia muita uva. E também pés de kiwi...
  
 Na Galícia o "x" substitui o nosso "j"... Portanto esta é a Praia de Laxe...
 
 Quando parava no fim de tarde (21hs...); achava um hotel barato, tomava um banhaço, e depois usava a toalha de banho como toalha de mesa (em cima da cama), para matar um(s) sanduba(s).
Reparem o tamanho da criança...
 
 
 
Este lugar chama-se Muxía. Esta igreja foi construída na beira do MAR, porque, reza a lenda, que o Apóstolo San Tiago, aqui recebeu a visita da Virgem Maria.
 
Mas eu queria mais... E fui em direção ao fim do mundo...
 
 
E não é que achei! Como o nome diz, Finisterre (ou Finisterra, ou ainda Fisterra), é o localem que os antigos acreditavam que acabava o mundo. É a ponta mais Oeste da Espanha, mas não da Europa (que fica em Portugal).
 
Apesar de hoje sabermos que o mundo não acaba aqui; o Caminho de Santiago acaba. E é tradição, após os peregrinos chegarem a Santiago da Compostela, virem até aqui e atirarem uma peça de roupa ao MAR.
 
 
 No dia em que passei por Finisterre, havia um forte vento Sul (aqui também...). Para mim era contra, e somado os constantes morros que subia; foi o dia mais cansativo da viagem. Faltando 5 km para chegar ao destino (cidade de Muros), parei e falei: não dá mais!! Mas sempre dá, né?
 
Em Muros, acabei ficando 2 noites, para recuperar as pernas. Aluguei um apê com 2 quartos, sala, cozinha, banheiro e vista para o MAR... 15 euros... A proprietária, Maria, é muito legal. Conversamos muito sobre a atual situação político-econômica em que se encontra a Espanha. O país tem 40 milhões de habitantes, e 6 milhões de desempregados. Vivem uma crise muito grande, e sem expectativa de melhora. Na foto, sua sogra, Sara, me deu algumas batatas que ela planta para eu levar na viagem. Muita simpática e hospitaleira a família.
 
 Na Espanha, além de as estradas serem muito boas, outra coisa que me chamou a atenção foi o respeito que os motoristas têm com os ciclistas.
 
 
Vejam o nível das pontes em Pontevedra.
 
De onde tirei esta foto, há um sítio arqueológico em que foram encontrados vestígios de uma aldeia que viveu aqui entre os séculos I aC e I dC.
 
Ao fundo, as Ilhas Ciés (em frente à baía de Vigo). As Ilhas fazem parte de uma Reserva Natural.
 
 
Aqui, mais um lanchinho, com as batatas de Sara. A toalha de mesa, são folhas de eucalipto (muito comum por aqui).
 
 
Foto da baía de Vigo (Sul da Galícia).
 
 Nos últimos momentos antes de sair da Espanha, e voltar a Portugal. Tirei uma foto que representou bem minha viagem: uma volta pela Galícia de bike.
 
De volta a Portugal, fiz uma foto do rio que divide os 2 países: Rio Minho.
 
Já sentindo o cheirinho de casa... digo do barco.
 
 Praia Norte, em Viana do Castelo, com suas piscinas naturais.
 
Foram 14 dias de viagem, sendo 2 parados. Aproximadamente 1200km rodados, tendo a impressão de ter subido TODOS OS MORROS DO MUNDO. Nenhum problema na bike, nenhum pneu furado... Com certeza o Homem lá de cima me acompanhou.
Os alforjes, na chegada, estavam cheios de experiência e satisfação... e um certo gostinho de... até a próxima!
Voltemos ao MAR!!

9 comentários:

  1. Termino a leitura do blog sempre querendo mais!! Adorei os passeios!
    Pai, a mãe chegou encantada! Com a viagem e principalmente com o companheiro!!
    César, agora no barco vai descansar as pernas e cansar os braços!! Dale vela aí que ja estamos esperando vcs voltarem!
    Bjos!
    Papi, feliz dia dos pais! Estive o dia todo com o pensamento em ti!
    Lu

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  2. Imagens primorosas. Liguagem precisa. Estilo elegante.
    Estou fazendo uma excelente viagem com vocês.
    Que venha, rápido, o próximo post.

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  3. Adorei, Norberto! Lugares lindos, astral bem bom, Renise contigo alguns dias... Cesar tbm me permitiu viajar com ele e até sentir dores nos pés. Imagino a dificuldade. Estou feliz por vcs. Aguardo o próximo post. Bjão saudoso e que bons ventos os tragam logo.
    Sandra

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  4. A viagem foi de sonhos, amei cada momento. O comandante continua encantador e apaixonante. Pena que os dias passaram muito rápido, agora a espera pelo retorno. Aproveitem tudo, pois vi que vale a pena. Beijos, bons ventos. Renise

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  5. No Palácio da Pena essa menina Renise parece a própria Rapunzel, só falaram os cabelos longos, para o Norberto subir, ihihihi Abraços

    Xanda

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  6. Como o Blogger permitiu um post tão grande? Muito bom, com fotos lindas. Estive em Portugal e Espanha no final do ano e conheci estes lugares. Madrid foi com muito frio e com este espetacular Mercado São Miguel lotado de nativos e turistas comendo e bebendo de suas delicias. O Oceanário de Lisboa tambem é muito especial.

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  7. Tem pessoas que se contentam olhar através da sua janela, eu respeito, mas aquelas que descobrem a riqueza de olhar sem fronteiras são diferenciadas. Parabéns, seu blog está muito bom de ser visitado. Renato Goulart.

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  8. Parabens, lugares muito bonitos e arquitetura impressionante.
    abraço e boa viagem de retorno,
    Rodrigo Mattiello

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  9. Estou viajando nas fotos. Como disse o maior poeta portuga, Para viajar basta existir.
    E bora puxar âncora (metaforicamente falando e literalmente para o César). Abraço. Vitor M.

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