sábado, 20 de julho de 2013

Projeto Volta Atlântico - Etapa 16 - O Firulete descobre o Velho Mundo

Não foi fácil deixar os Açores e seguir viagem, tal foi nossa identificação com estas ilhas.

Na saída, um casal da lancha vizinha, nos presenteou com um litro de Angelica, uma bebida licorosa, tipo o vinho do Porto, feita por eles. São da Graciosa, mas moram em Miami a anos e só vêm passar férias.

Partimos as 14:20, depois de concluir a postagem do Blog. Com um ventinho noroeste, de través, aos poucos a Graciosa vai ficando na nossa esteira.

O dia seguinte amanheceu já quase sem vento e tivemos que motorar.

E assim foi o dia todo, e a noite também. A previsão era para pouco vento, mas não tanto. Começo a me preocupar com a autonomia de diesel. Saímos com o suficiente para 40% do percurso e precisamos poupar para a chegada.

Nas travessias adotamos o hábito de, ao acordar, cair n'água, para tirar a ressaca da noite de turnos e já matar o banho do dia. É frio, mas acorda e dá uma disposição imediata.

Optamos por fazer um rumo mais para o norte, pois queremos chegar no extremo norte de Portugal, para depois descer por seu litoral, já que a corrente na costa é de norte para sul e pode chegar a 1 nó.
A medida que subimos e ultrapassamos a latitude 40º norte, o frio aumenta e surge uma névoa que encobre o sol. Quando aparece, é tímido e lembra um planeta. No terceiro dia o vento entra e vai numa crescente. Começa com leste e vai rodando para nordeste. É orça apertada, mas andamos bem e sem motor, o que é importante.

Pegamos mais um atum. Este com uns 5 kg. Adotamos a dica do amigo Guego: cortamos o rabo e deixamos pendurado por uns 30 minutos. Com isso perde seu sangue e sua carne fica menos indigesta.

Por duas vezes tivemos que desviar a rota, para sair do caminho de outros. O Primeiro foi um veleiro. Vinha voando baixo. Com todo o pano mais geneaker. Surgiu na nossa proa e vinha direto para nós. Desviei para boreste e ele passou a uns 40 metros. Ninguém no convés. Era um destes modelos de travessia solo, como a Transat. Acho que nem nos perceberam. Foi tudo tão rápido que quando lembrei de fotografa-lo já estava sumindo na proa.
Este navio, da mesma forma. Surgiu na proa e vinha direto para nós. Como estava em águas sem tráfego não liguei o AIS, que acusa os navios, nem o GPS, para economizar bateria.
Foram dois alertas para que ficássemos ligados, pois é tudo muito rápido. É preciso olhar a 360º no horizonte a cada 15 a 20 minutos. Dia e noite.

As baleias também começaram a surgir com mais frequência. Algumas chegam muito perto. Parecem curiosas com o barco. Tivemos grupos de baleias e algumas a menos de 10 metros de nós. A mais ousada, cortou a nossa frente a 3 metros da proa, lembrando nosso incidente em 2010, quando subimos a proa no dorso de uma, em Abrolhos.

Foram 5 dias de vento forte, variando entre nordeste e norte. O uivo do vento foi uma constante. Chegamos a ter rajadas de 37 nós (quase 60 km/h), com céu encoberto e noites muito escuras. Felizmente o piloto automático se manteve firme e nós podíamos ficar protegidos do vento e frio, pelo dog house, e o mar não cresceu muito.

No 8º dia, o vento foi diminuindo, mas a neblina que encobria o céu, desceu sobre o mar, e justo quando nos aproximamos do continente europeu e o tráfego aumentaria consideravelmente.


A 100 milhas da costa, com o AIS e GPS ligados, começamos a monitorar o tráfego. Tínhamos na tela todos os navios, num raio de 25 milhas, com seus nomes, bandeira, posição, rota e deslocamento, mas só víamos os que passavam a menos de 1 milha, tal era a neblina.

Nosso controle era constante, na tela do GPS, e no meio da tarde a neblina deu uma aliviada.

Houve um momento que a cor do dia se tornou rosada. Céu e mar. São os matizes das altas latitudes.

No entardecer a neblina fechou total. Houve um momento que nosso equipamento alertava sobre 3 navios com risco de colisão, ou seja a menos de 2 milhas de nós. Isto aqui é um corredor mercante e parecemos um cego precisando atravessar uma rodovia de muitas pistas, e com um trânsito intenso de caminhões. Calculo que durante as 100 milhas, tivemos a presença de uns 70 navios na tela do GPS, mas conseguimos enxergar uns 5 apenas. A noite, passaram alguns a meia milha, chegávamos a ouvir o barulho do motor, mas não víamos nem suas luzes de navegação. Nosso investimento no AIS já se pagou, só nesta noite.

Além de tudo, precisávamos avançar pouco, para aguardar a luz do dia e poder se aproximar de terra.
No amanhecer estávamos com a entrada do Rio Lima na nossa proa, com o grito de Terra a Vista preso na garganta, e a Europa logo ali na frente. Se atentarem nessa foto, a silhueta de terra começa a aparecer. Estamos a 1,5 milha (menos de 3 km) de terra. Estamos também quase na latitude 42º e esta é a nossa posição mais ao norte. Daqui para frente, só desceremos no globo.

Entramos no canal da barra, largo e bem sinalizado, e Viana do Castelo está logo ali na frente.

Entramos no canal da marina, onde uma ponte giratória, metálica e em arco, está aberta.

Pelo rádio, nos orientaram a atracar no píer de visitantes, ...

do lado de um moderno prédio, ...

com fotos do Brasil e um placa do Rodízio Brasileiro. Acho que chegamos em casa. Devem servir churrasco, mas já nem lembro o que é isto. O funcionário da Marina nos disse que há 4 anos não passa por aqui um veleiro do Brasil. É que a maioria segue mais para o sul (Cascaes, Lisboa e Algarve).

O rio é muito largo. Sua orla toda urbanizada e uma elegante ponte metálica o transpassa.

O prédio onde estamos atracados é mais uma dessas obras modernas, financiada pela União Europeia, com muita qualidade, mas que me parecem sempre subutilizadas.

A arquitetura é de alto nível e com detalhes muito bem elaborados. Tem horas que sinto uma inveja deste 1º mundo.

E mais uma vez, chegamos num começo de um evento.

Este prédio vai sediar, durante toda a semana, uma competição náutica, com participação de atletas de Portugal, Espanha e França. Um prato cheio para o César, que é treinador de tri-atleta, e acontecendo bem do nosso lado.

Seguindo 100 metros pelo parque na orla do rio, chegamos no prédio da Biblioteca Pública, onde vamos poder utilizar a internet.

Levei um susto. Não acreditei quando vi. Uma obra do meu guru: Álvaro Siza. Arquiteto português de renome internacional. Esta obra recebeu um prêmio de arquitetura. É o arquiteto do contemporâneo Museu Iberê Camargo, aí em Porto Alegre. Uma obra que merece ser visitada.

Entramos para acessar a internet e colocar nossos contatos em dia. Que qualidade de ambiente. Tudo foi desenhado pelo arquiteto, que prima pela eficiência, aconchego e funcionalidade.

Havia ficado intrigado com o detalhe de uma escada que chega no pilotis, acaba num espelho d'água, e flutua ligeiramente. A noite, um garçom de um bar ao lado, me explicou que trata-se da escada de emergência, e que o espelho d'água impede o acesso da rua e evita que sirva de eventual banheiro público. Bem, analisando que para quem foge de um incêndio, pisar na água pode até ser um alívio, acho que foi uma bela sacada do arquiteto, e realmente nem cachorro vai mijar na escada.

Quando saímos da biblioteca, estava acontecendo, ao lado, a abertura oficial dos Jogos Náuticos. Todas as delegações estavam presentes, com suas bandeiras, ...

defronte um palanque montado sob um enorme monumento de aço cortenho.

Fomos atraídos pela apresentação de uma banda local, tocando tambores e gaitas de fole, produzindo um som meio escocês.

A bandeira da cidade bem que poderia ser a nossa bandeira de Criciúma. Com as cores do Tigre (nosso time).

São 9 da noite, mas é horário de verão e anoitece as 10. Esta é a avenida dos Combatentes da Grande Guerra, eixo principal da cidade, ...

onde tem a Padaria Brazil, ...
e as ruas transversais são calçadões estreitos e de comércio. Os prédios são muito bem preservados, as redes elétrica e telefônica são subterrâneas e não existe poluição visual. Que maravilha!

A avenida termina no prédio da Estação dos Caminhos-de-Ferro, ...

de onde partem trens para o sul, perfazendo todo o país.
Junto da estação ferroviária funciona a o terminal de ônibus e há um shopping. Tudo integrado.

Olhando-se da estação, a curta avenida termina no monumento do parque e o rio. Largas calçadas com bares, confeitarias e muita mesinhas, formando um grande estar. Os carros estão estacionados no subsolo. Embaixo desta avenida, do parque da orla e da biblioteca. Um estacionamento de 2.500 vagas, tiram os carros da superfície. Estamos falando de uma cidade de 40 mil habitantes, e de 80 mil na região de influência. Bem, isto é o padrão 1º mundo.
A cidade foi fundada no século XIII e mantém um acervo arquitetônico muito bem preservado.

A Casa dos "Condes da Carreira", ...


o Convento de Sant'Ana, ...

o Centro Histórico, com a Praça da República, ...

o antigo Hospital da Misericórdia, ...

o antigo "Paço do Concelho", ...

e o Museu do Traje, constituem um espaço muito agradável, mostrando que a cidade antiga tinha a escala do homem e não do automóvel.

As ruas estreitas cedem espaço a pequenos largos inusitados, com obras que surpreendem a cada momento do caminhar. Aqui a pequena Capela das Almas.

O espaço público é tratado com o mesmo carinho do privado (ou mais). Acho que esta é a principal diferença para as nossas cidades.

A noite, a iluminação dá ainda maior ênfase para o patrimônio construído.

Hoje, depois de dois dias de faxina no barco e alguns consertos (comum, depois de travessia), aproveitamos o sol, que saiu cedo, para fazer um passeio ao longo da orla do rio.
A Ponte Eiffel, com 563 metros de comprimento que atravessa o rio Lima, foi projetada e executada pelo famoso engenheiro da torre de Paris, e inaugurada em 1878.

Atravessa o rio, o canal da marina, ...

as duas pistas da marginal do rio e ...

dá passagem para o trem (que aí vai), no nível de baixo, ...

e para os carros e pedestres, no nível superior.

Caminhei até meia ponte e fiz estas fotos.

Segui pela orla, por uma praia de rio, com areias quase brancas e um parque arborizado. Cheguei num moderno prédio que é o Centro de Remo.

 
Fiquei tão impressionado com o prédio e a qualidade da arquitetura que saí registrando tudo.
Deu até saudades do escritório e do trabalho.

 O remo é forte por aqui e o Centro do Remo é um espaço público, ...

assim como o parque defronte. Um enorme espaço gramado, com vários equipamentos e referências pontuais.

O que me impressiona é a qualidade do desenho urbano. Simples, funcional, de baixa manutenção e com muito capricho. Como precisamos evoluir nossos conceitos de espaço público, no Brasil.

Na volta, passei ainda pelo Centro de Interpretação Ambiental. Outra pérola de arquitetura.
Acho que estou tendo uma recaída de Arquiteto.

A cidade é cheia de espaços e referências urbanas que, associados ao seu pequeno porte, a tornam muito aconchegante e agradável.

Hoje, a caminhada será pela orla do rio, mas para o lado do mar.

Percebe-se uma intensa atividade náutica. A cidade interage com o rio plenamente, e ...

e há muita infraestrutura para a atividade física.

Este prédio é uma espécie de arena, para shows. Foi inaugurado há poucos dias e é projeto do arquiteto Souto Vieira (português). Lembra o Pavilhão Pompidou, de Paris.

Seu espaço de público fica 3 metros abaixo do piso do parque, e o envidraçamento total permite a visualização do rio, através do prédio.

Um outro detalhe interessante é o sistema de coleta de lixo. Lixeiras espalhadas por toda a zona central e na orla, com separação para reciclagem. São containers plásticos dentro de caixas de concreto enterradas. O que aparece é só o gargalo do coletor (em inox).

Aqui vemos um coletor aberto. A caixa plástica deve medir 1x1 e 1,5m de altura. Um pequeno caminhão, com um mini-munk e um só operador, faz o recolhimento. A grande vantagem é que as lixeiras não fazem parte da paisagem urbana. Show!
Outro ponto de visitação interessante é o navio hospital Gil Eannes. Trata-se de um navio, fabricado por um estaleiro de Viana, que foi resgatado da sucata e todo restaurado para virar museu. Prestou serviço no apoio a frota bacalhoeira portuguesa, que pescava nos mares da Islândia e Groelândia.
Contém desde seu projeto de fabricação, seu lançamento n'água em 1953, suas tripulações, e muitas histórias de atendimento a pescadores e nativos daquele território gelado. Conta ainda detalhes da atividade bacalhoeira daquela época. Uma atividade duríssima.

Fizemos várias fotos internas. Aqui, a sua Cabine de Comando, ...

a Sala de Comunicação, ...

a Cozinha, ...

uma porta estanque para o caso de inundação, ...

a Casa de Máquinas, com 3 pisos de altura, ...

e uma equipada oficina conjugada, para manutenção.

No convés, o guincho de proa, ...

e uma visão para o "Pompidousinho".

O forte (chamado Castelo) que guarnecia a antiga barra do rio, com o novo molhe e ao aterros portuários, perdeu o contato com a água, mas mesmo assim passa por uma restauração.

E a estátua que marcava o antigo porto é engolida pelo concreto e disputa espaço com as enormes gruas do Estaleiro Naval.

Esta bela igreja é onde ocorre, todos os anos no mês de agosto, a maior festa da cidade, em homenagem a Senhora d'Ajuda.

Seu interior é muito elegante e em cores cobreadas, ...

e está de frente para um grande parque, que termina no "Castelo".

Na volta para o centro, por outro caminho, mais uma igreja. A se São Pedro, que dá ...

para um largo, onde há ...

uma estátua de um Santo monge montado numa mula, e o Museu da Decoração, que expõe peças de mobiliário e utensílios de cerâmica, do século XVII e XVIII.

 O César descobriu ainda a pequena Capela de Santa Catarina, padroeira dos pescadores, ...

datada de 1604.

De volta ao Centro Histórico, encontramos a Igreja da Misericórdia (Matriz) aberta.
 Seu interior é tão austero quanto o exterior, que mais parece uma fortificação.


Nos fundos, foi incorporando anexos, ao longo dos séculos, e cria labirintos medievais.

No Museu do Traje, todas as variações da vestimenta típica, usadas nas diversas ocasiões e caracterizadas por região do país.

No 2º piso, todo o processo de fabricação do vestuário por tear, a partir do linho e da lã.

Estamos há 4 dias em Viana do Castelo e não conseguimos ver tudo. No alto do morro de Santa Luzia, uma enorme basílica contempla a cidade e o rio a seus pés. Para chegar lá utiliza-se um elevador de plano inclinado. A vista deve ser interessante, mas é comum estar encoberta pela névoa.
Ponte de Lima, que é uma cidade vizinha, a pouco mais de 20 km, nos tem sido recomendada.
Mas tudo vai aguardar. Nossa rotina de embarcados vai ter uma interrupção e o Firulete vai descansar por 17 dias.
Eu vou para Lisboa, por terra, onde me junto a Renise, minha mulher, que está de férias, e vamos fazer um tour por Portugal e parte da Espanha.
O César, está amadurecendo de ir para a Galícia, de bicicleta, pelo Caminho de Compostela Português.
No dia 5 de agosto retornaremos para bordo, e será quando faremos a próxima postagem, contando o que cada um vivenciou.
Aguardem.

12 comentários:

  1. Norberto,
    Obrigado por mais uma aula de civilização.
    Alberto.

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  2. Norberto, estou babando em frente a tela!!
    Cheguei a pensar que a bela organização urbana em Açores se justificava pela população pequena, aquela coisa mais "familiar", mas afinal as ilhas refletem o continente!
    Tudo é maravilhosamente pensado!
    E enquanto não boto meus pezinhos no primeiro mundo, me aproveito das suas narrações e imagens para "viajar".
    Boas novas descobertas para vocês!
    Beijos,
    Renata

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  3. Olá Comandante!
    Que bela Jornada até o Velho Continente e, ainda, na latitude 42ºN. Gostei muito da funcionalidade do AIS e GPS conjugados. Me pareceu que o radar ficou em segundo plano, mesmo numa travessia tão crítica em termos de visibilidade como a que vocês fizeram, pois, objetos fixos já estão estabelecidos na carta e os móveis (com AIS) ele mostra no GPS.Que segurança!
    Curtam este país tão bonito e acolhedor.Vocês merecem.
    Luiz Cordioli

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  4. Muito boas as fotos, parabens pelos posts. sucesso na viagem!!
    abraço,
    Rodrigo Mattiello

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  5. Estou vendo e lendo o blog com o Norberto dando explicações ao vivo, ele é um empolgado... com o mar e com a arquitetura, tenho certeza que esta experiência está fazendo muito bem a ele que é um eterno buscador. Estamos em Portugal, matando saudades e curtindo Lisboa.Renise

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  6. Comandante Norb e Cesar

    Parabéns pela travessia. Com muita determinação e sobriedade. Postagem lida...
    "Navegar é preciso, viver não é preciso..."
    Forte Abraço

    Bons Ventos

    Guego

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  7. Hi comandante
    O blog ficou pequeno para tantas informações que gostarias de publicar imagino, muito show, os portugas dão de relho em nós na qualidade das construções e praticidade, curtam nossa terra mãe, bebam bastante vinho nacional e boas férias.
    Ah, me traz uma foto do Roberto Leal.....
    Grande abraço
    Betinho Burigo

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  8. A cada postagem eu penso... deveria ter ido junto! Quanta cultura, quantos lugares de tirar o fôlego.
    Não adianta, a arquitetura está no teu sangue. E por isso que o teu trabalho é tão admirado por tantos. É feito com muito amor!
    Cuida bem da mae por aí!
    Aproveitem,
    Lu

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  9. Norberto, belos fatos e fotos. Que sufoco com o movimento e a neblina, não? Hora de descansar e namorar muito. Curta bastante a Rê. Fiquei off quase o mês todo e senti falta de conferir suas aventuras. Bjão saudoso pro casal 10000000000000000000....
    Sandra

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  10. E ai dupla de Criciúma por onde estão a navegar? To querendo mandar uma foto do Norberto no meio daqueles toiros, naquela segunda, no Alto das Covas, na Ilha Terceira. Deixo uma grande abraço e que no retorno São Netuno guiem vocês.
    Câmbio, desligo.

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  11. Tornei-me um viciado neste blog. Desde os Açores, após ávida leitura e releitura do post, passo a aguardar, ansioso, o próximo. Torço para que venha logo e mais recheado ainda. Tenho feito uma ótima viagem com vocês.
    Marcos, Aracaju - SE

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  12. Caro Norberto, está fantástica a tua viagem. Tenho curtido muito. Realmente, estamos muito longe do chamado 1º mundo...principalmente no quesito POVO...e nos achamos os mais espertos do planeta...
    Bons ventos sempre!

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