domingo, 7 de outubro de 2012

Projeto Volta Atlântico - etapa 2d - De férias no Recife

A chegada aqui muda um pouco o rítmo da nossa viagem. Ficaremos aguardando a regata Recife-Noronha que partirá só em 13 de outubro. Este é o evento máximo de vela da América Latina. É promovido pelo Cabanga Iate Clube, e deverá reunir perto de 100 veleiros. Quem quiser ver detalhes do evento, acesse www.refeno.com.br.

Enquanto isso vamos matando saudades desta cidade, que é muito receptiva, tem um clima ótimo e é nosso tempo para preparar o barco para as longas navegadas que teremos pela frente.
A cidade do Recife se instalou no encontro dos rios Capibaribe e Beberibe com o mar. É considerada a Veneza brasileira. Tem muita água, muita ponte e por aqui a maré varia algo como 2,50 metros.
Assim como Florianópolis, seu crescimento exigiu a ocupação de parte do que era água. Aqui o forte que guarnecia o porto, hoje é cercado por um elevado.

A cidade tem 475 anos e suas heranças são indígenas, portuguesas, africanas e holandesas (a cidade foi dominada por holandeses por quase 100 anos). Aqui o Mercado São José, no centro antigo...

todo em estrutura metálica e telhas cerâmica.

 Aqui se encontra artefatos de sertanejo...

aves de várias espécies e ...

e até aparelhos de som usados.


Muitas igrejas. Aqui a Basílica e Convento Nossa Senhora do Carmo, da Ordem Carmelita, de 1667.

No inabalável abrigo do Cabanga, o Firulete, ao lado do Odin´s estão quase a criar raízes. Seu único movimento é na vertical, acompanhando as marés. Na baixa mar, a quilha enterra na lama e aí mesmo é que não mexe.


Mas o clube é muito bom. Oferece uma ótima infraestrutura que lembra mordomia, o que aliás contrasta com a vida de navegador.

As meninas que nos atendem são muito eficientes, prestativas, simpáticas e bonitas. De forma que ficar aqui tem os seu encantos.

No fim de semana o programa é Olinda, cidade vizinha. Cheia de charme e lugares interessantes.

Rodrigo alugou um carro com Gustavo e Sandra e foram para o norte.

Passaram por Itamaracá...

Cabo Branco, que é o ponto mais ocidental do Brasil e das Américas, e subiram até João Pessoa.

Eu, como já conhecia, optei por ficar. Tirei uma folga das férias, trabalhei no projeto da casa de praia de minha filha Lola, que vai construir em Itamambuca, litoral norte de São Paulo.
Nas horas de folga curti o clube. Aqui, num tenis com Peter, do Onda Boa...

e aqui, fazendo pilatis na academia.

No dia da partida do casal Gustavo e Sandra, argentinosuruguaios do Odin´s, ganhei uma mandala de Sandra, com símbolos de bons ventos e rumos. E assim vamos fazendo e deixando amigos. Ficam as boas lembranças e as trocas, que nos amadurecem e nos lapidam.

No clube chega uma lancha do alto mar, com peixes que nos fazem sentir saudades da navegação.

Mais um domingo a tarde que vamos para Olinda...

onde bandas de maracatú ensaiam...

e se apresentam na praça. O interessante é que na grande maioria da percussão são  mulheres.

Como sempre, terminamos a noite numa roda de cerveja, Isto porque amanhã é segunda feira, dia de descanso.

Tanto que demos uma esticada na noite e fomos comer um macarrão no Odin´s, antes de dormir.

Rodrigo foi passar 10 dias em Floripa e eu vou revezando trabalho com passeios pela cidade.

Eu e Miguel fomos na Livraria Cultura, no centro antigo, e tomamos um banho de cultura. Comprei um guia das ilhas do Caribe que vai me ser muito útil.

Hoje chegou um novo amigo do Miguel, o argentino Fernando, que vai acompanha-lo até o Caribe.
Saímos para uma caminhada na orla de Pina e Boa Viagem.

Gente na praia, mas não na água. Os avisos de "alerta tubarão" não são nada convidativos. Só se entra na água com a maré baixa, quando os recifes criam uma barreira natural.

No fim da tarde, um olhar para a entrada do porto, nos lembra de que, logo, por ali será nossa porta de saída.

Mas por enquanto vamos curtindo terra. No aniversário do Miguel, preparamos uma festa a bordo, com todos os "embarcados". Risoto de lula, que eu fiz, e uma torta de chocolate, maravilhosa, feita por Guta, do Guruçá Cat.
Rodrigo chegou de Floripa exatamente para a festa.

Voltamos a Olinda...

onde assistimos o por do sol com Recife no horizonte.

No alto da Sé, com Lúcia, uma candidata a tripulante do Odin´s, até Natal. É pernambucana  mas mora em São Paulo. Estava inscrita em outro barco, mas como estavam já em oito tripulantes está migrando. Muito simpática!

Numa parada para um tira gosto, apareceu um artesão que nos fez...

um peixinho de palha. Quiz fotografa-lo e Lúcia acabou fazendo o pano de fundo.
Resultou uma foto muito artística. (A cerveja faz coisa).

Dentre os vários candidatos que disputavam o espaço de aglomeração, um me pareceu familiar...

o (quase) Fidel Castro, em pessoa.










5 comentários:

  1. ...todas as fotografias estão lindas; especialmente aquela do peixinho de palha (parabéns ao fotógrafo e ao artesão)...

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  2. Êpa!! O que aquele peixinho tá fazendo naquela foto?
    Tira ele de lá!!

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  3. Gostei da sua constatação de que "aumentou muito o número de catamarans", esse é um tipo de embarcação que ainda é pouco difundida no Brasil. Espero um dia se dono de um Catamarã de 38 pés. Faltou postar as fotos deles. Rs rs. Boa sorte!

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  4. Este apanhado de barcos amigos e destino mar a dentro, deu para ter uma idéia deste mundo um tanto distante do nosso aqui. Eu e o Rodrigo Piovessam iniciamos com o "Arais Amador" vamos conhecer esta turma ou os filhos quem sabe. Boa viagem.
    Marcos Cadorin.

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  5. A esta turma, meu grande abraço, estaremos sempre esperando vocês de braços abertos aqui no Cabanga. Bons Ventos e que Deus abençoe vocês... beijos...

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