sábado, 21 de agosto de 2010
Morro de São Paulo - BH
As 8:00 horas deixamos Camamú.
Céu nublado, e um vento terral. Saímos impulsionados pela genoa somente.
O frio nos fez lembrar o nosso sul, que deixamos para trás.
Foram 35 milhas apenas até o Morro de São Paulo, mas com ventos fortes de sul e chuvas passageiras, resultando numa velejada mais radical, surfando ondas de até 3 metros, onde atingimos picos de até 8,9 nós de velocidade.
Chegando no destino, nos abrigamos neste point, protegidos do vento.
Na luz do fim de tarde, Augustinho toca sua gaita de boca, deixando ainda mais poético nosso ancoradouro.
Pela manhã, saímos para explorar o tão famoso Morro de São Paulo.
Para muitos o melhor point do litoral baiano...
... que faz parte do Arquipélago de Tinharé.
Apesar do dia parcialmente nublado, e da cor do mar estar prejudicada pelos fortes ventos de sul, o lugar é realmente muito charmoso...
... com uma vila bastante aconchegante...
... onde todo o transporte é feito por burros e carrinhos-de-mão, pois carros aqui não trafegam.
Aqui, uma antiga fonte de abastecimento de água...
... construída em 1746...
... era dotada de um filtro de passagem, para retenção dos sólidos da água.
Com a ausência dos carros, a vila se torna um ambiente muito especial, com um rítmo de muita harmonia...
... e com o mar sempre como pano de fundo.
O local transpira arte, e acaba atraindo muitas figuras exóticas.
Nosso amigo Rodrigo, tentou ser simpático com esta baiana, debruçada na janela, mas ela deu-lhe um baita gelo, coitado.
No topo do morro, o imponente farol orienta os navegantes na noite, e os alerta dos perigos da costa, repleta de corais.
Próximo do farol, parte uma enorme tiroleza, que atravessa a praia, e termina na água.
Deve ser uma experiência muito radical se atirar daqui, mas pelo frio, neste dia não estava funcionando.
Taí um bom motivo para voltarmos a este local.
Quatro pequenas praias se seguem. Todas como grandes piscinas, formadas pelo banco linear de coral, que detém as ondas.
Estas águas, normalmente, são de um verde esmeralda.
Erramos o dia.
Estas praias tem uma boa infra-estrutura, comércio, restaurantes e bares de alto nível.
No verão isto deve ferver.
Muitos barcos com opções de passeios.
A todo instante nos interpelavam oferecendo algum.
-Amigo, estamos a 45 dias no mar, agora o que queremos é terra.
Ao longo de toda a orla, pequenos diques feitos com o tronco do coqueiro, fixam a areia, seguram a cheia e permitem uma vegetação que emolduram as praias...
... e aqui, o mesmo tronco do coqueiro, virado com as raízes para cima, se tranforma numa inusitada escultura...
... e aqui ainda, um arranjo com troncos, aparentemente juntados pela praia, vira arquitetura, num bar muito transado...
... onde o Rodrigo queria esperar abrir (até o verão).
Ao lado, um quiosque coberto de palha, uma canoa-de-um-pau-só, um peixe de cipó.
Tudo numa perfeita harmonia com a cultura local.
As vias de circulação, com muita vegetação, mais parecem praças.
De volta ao Firulete, no fim do dia, o Cesar subiu no mastro (13 metros de altura), para sacar uma foto do nosso convés...
... e do poente, mais uma vez magistral.
No dia seguinte, é hora de zarparmos rumo a Salvador, mas não sem antes registrar o magnífco arco-íris que se formara.
Um Show!
Então...
até Salvador, onde receberei a visita de minha amada!
E já é hora, pois a saudade é grande.
Norberto.
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