Fizemos esta etapa com a espectativa de estarmos indo para um dos melhores points do Caribe.
Numa motorada de 7 milhas apenas, chegamos a Tobago Cays.
Um compléxo de pequenas ilhas e recifes, onde sempre, muitos barcos estão disputando as vagas de ancoragem.
Tivemos sorte e conseguimos um poita abrigada no revés de uma pequena ilha. Aqui se paga uma taxa de meio-ambiente, tipo o nosso ICM-Bio no Brasil, de EC$10,00 por tripulante/dia, que corresponde a R$8,00.
Logo fomos cercados por vendedores ambulantes, digo navegantes, de quem compramos baguete francês, bolo de banana, cigarro e uma camiseta com a mensagem: Navegue mais e Trabalhe menos.
Caímos logo n´água. Cristalina a ponto de vermos o fundo a 7 metros de profundidade e numa temperatura muito agradável.
Os deslocamentos para os pontos de mergulho são feitos com o dingue.
Optamos por mergulhar na ponta de nossa ilha em frente, numa pequena praia com um banco de recifes de profundidade variando entre 1 a 5 metros. Ali vimos um enorme cardumes de pequenos peixes com seus predadores atacando, tartarugas, uma arraia de uns 80 cm de diâmetro, que nos seguia, se mantendo sempre embaixo de nós e muito próxima - chegou a assustar, devido a seu enorme esporão sobre a cauda - e muitas e grandes estrelas do mar.
Depois do almoço, uma boa sesta para recuperar do mergulho, e voltamos até a pequena ilha para fazer umas fotos.
Fiquei maravilhado de como, numa ilha de menos de 200 metros de comprimento, se encontra tantas espécies e beleza.
Do alto da ilha podia ver meus amigos, que ficaram mergulhando.
Voltamos para o barco e curtimos o por do sol, por trás da ilha Mayreau.
Foi um dia muito gratificante. Daqueles que nos lavam a alma.
Pela manhã, da nossa janela, o dia se anunciava igual.
Decidimos seguir para Mayreau, e chegamos numa enseada muito abrigada...
e com água também muito limpa. Saltwhistle Bay.
Novamente apareceu o cobrador da taxa. Agora EC$40,00, mas ficamos numa poita bem próxima da praia...
para onde fomos. Parece de cinema.
Passamos o dia tomando banho, cerveja,...
cuidando do Firulete em frente,...
trepando em coqueiro.
Mais um dia no paraíso.
No dia seguinte, partimos.
Pensamos em subir para Canouan, a próxima ilha para o norte e muito próxima, mas decidimos rumar para o sul, iniciando o caminho de volta para Trinidad, onde o Betinho e o Guego tomam o voô para casa.
Fomos direto para Clifton, capital da Union Island, para darmos a saída do país. Descemos em terra numa pequena praia onde depositavam as conchas do molusco mais comum no Caribe, o Lamb-Lamb, que é bem saboroso.
Fomos num restaurante que expõe as lagostas num viveiro e comemos um pizza de lagosta,...
de frente para o mar.
No dia seguinte saímos cedo, passamos por fora ( a leste) de Grenada e ...
numa velejada preguiçosa, conhecemos seu lado a barlavento.
No fim do dia, já sem vento, decidimos entrar em uma pequena enseada, no sul de Grenada,...
e pernoitamos defronte a Grenada Marine.
Como não queríamos chegar em Trinidad a noite, saímos as 3:00 da madruga. Vimos um belo nascente, ...
velejamos de popa, enquando havia vento, ...
fisgamos uma barracuda que daria certinho para nossa refeição, mas ninguém estava a fim de peixe.
O vento foi morrendo lentamente. Passamos já a motor por uma plataforma de petróleo (de Trinidad-Tobago ou Venezuela, não sabemos) e só as 20:00 horas é que entrávamos pela Bocas del Dragon. Nos dirigimos para Chaguaramas, onde ancoramos defronte uma verdadeira floresta de mastros.
Fomos cedo para terra ...
e fizemos o desjejum numa padaria de 1º mundo.
Após, fomos fazer as formalidades da imigração. Estávamos loucos para cair naquele mundo náutico.
Circulando entre barcos e ...
pelicanos desajeitados ...
encontramos o Plancton. Barco que fêz história, com os 4 livros do Geraldo Link, e que hoje é do nosso Iate Clube Veleiros da Ilha - Floripa - e pertence ...
ao "manezinho da ilha" Rogério Davila, que subiu para o Caribe em 2011.
Continuamos caminhando e fomos encontrando mais brasileiros. O Marcelo de B.H., e a família do catamarã Delphis, que já havíamos encontrado em St. George.
Nas tres marinas de Chaguaramas, todas lado a lado, devem estar mais de 200 veleiros. Quase todos em manutenção ou a espera de seu donos. Aqui não passam ciclones a infraestrutura de manutenção é a mais acessível do Caribe. Existem barcos de todos os tipos, idades e tamanhos. Alguns modernos, como este com o casco todo em inox e que se dá ao luxo de acrescentar 3 pés na popa, até ...
os elegantes veleiros dos anos 50/60.
Encontramos até o Compañera, barco do Alasca, com um casal que encontramos em Natal e depois nas Islas du Salut (Guiana Francesa).
Para encerrar um dia duro de trabalho, fomos curtir cerveja com por do sol.
No dia seguinte, mudamos a prosa. Fomos para o centro de Port of Spain, capital de Trinidad-Tobago e a 30 minutos de Chaguaramas.
Uma cidade com a arquitetura dos colonizadores ingleses. Muito limpa e organizada.
Com alguns prédios bem modernos, como este ...
que é a Bolsa de Valores, guarnecida por dois leões dourados que os meus amigos corajosamente tocaram.
Dali fomos para um moderno shoping ...
com um bela arquitetura, ...
e um interior muito elegante.
No fim da tarde voltamos para a marina e fomos fazer uma visita ao Rogério, pois o Guego queria conhecer o Plancton por dentro.
No dia seguinte fomos conhecer a outra marina onde o Delphis vai subir quando o Marco e família forem para o Brasil.
No descanso do almoço o Rogério nos convidou para dar uma volta no Plancton, pois ele precisava testar a nova hélice...
e lá fomos nós.
Passamos ao lado do Firulete, na poita, ...
e por alguns barcos de pesca, muito pobres, cheio de jovens, com cara de indonesos, que ficaram nos fotografando.
A noite, tivemos um happy-hour a bordo do Delphis, com caponata de beringela e pão fresco feito pela Cris, que estava uma delícia...
e seus filhos são muito simpáticos e bem educados.
No dia seguinte, fomos para as lojas náuticas, fizemos o deembarque oficial na imigração, dos meus dois tripulantes, e a noite galeto de despedida, onde o Betinho mostrou que é bom de grelha.
A noitada foi longa.
No dia seguinte, meus amigos vieram para terra com "mala e cuia".
Tomamos a saideira.
Almocei de graça, pois os dois quiseram me fazer um agrado, ...
com entrada de camarão no molho de pimenta.
Depois os dois embarcaram no taxi pré-agendado e partiram para o aeroporto.
Foram 41 dias de convivência, com muitas experiências inesquecíveis. Meus amigos são muito divertidos e de bom astral e só tivemos bons ventos e mar.
Agora permaneço em Trinidad por mais duas semanas, quando chegam Renise (minha mulher) e Jerônimo (meu filho), para natal, reveion e um janeiro que também, espero, sejam inesquecíveis, percorrendo todas as ilhas caribenhas de leste.
É isso ai!!!
ResponderExcluirMe aguarde que estou chegando!!
Abraço,
Gê
Cada vez mais maravilhosas as fotos! Estou com pena de não estar indo junto com o gê e a mãe! Mas vou ficar curtindo cada detalhe pelo blog! Saudade imensa! Essa semana vou visitar os teus netos de sp, e levo a neta criciumense, mando email com foto para matares as saudades!! Bjo lú
ResponderExcluirShow Norberto!
ResponderExcluirFico muito feliz com o Pai estar podendo fazer parte da tripulação do Firulete e assim com vocês estar vivendo estas lindas histórias de travessia.
Que os bons ventos soprem em direção a Europa !
Forte abraço,
Duda JF.
Pessoal, sou repórter do Caderno Conexão do Jornal da Manhã...fiquei sabendo da viagem de vcs e achei uma excelente pauta. Tem algum e-mail que consigo me comunicar com vcs...algumas perguntinhas, fotos...
ResponderExcluirAbraços
Michele Picolo
Querido amigo-marujo, momento de solidão acompanhada, né? Que a oportunidade do encontro consigo mesmo seja tão prazerosa quanto foi com todos os parceiros de pernadas e com os novos amigos que conheceu.
ResponderExcluirDesejo a vc um Natal abençoado na companhia de parte da da sua familia e que 2013 seja um Ano Novo novo e de bons ventos. Muitíssimo obrigada pela delicia que é viajar com vc no Firulete.
Bjo grande e saudoso e curta bastante a Rê e com o Jê.
Sandra
Adorei ver minha prima cris e seus filhos, espero fazer essa viagem no futuro ( se minha mulher tiver coragem e eu tiver condições)estou ancioso por novas notícias parabens e abraços
ResponderExcluirLuiz