As 9:00 da manhã partimos do Aratú. Duas horas depois passávamos pelos 21 navios que aguardavam enfrente ao porto de Salvador.
Ao meio-dia passamos pelo farol da barra, deixamos a Baía de Todos os Santos e voltamos ao mar aberto, depois de mais de 20 dias abrigado.
Passamos por dentro do baixio de Santo Antônio e seguimos pelo orla de Salvador, com suas muitas praias.
Embora o gps contenha a carta náutica, fazemos sempre um planejamento e acompanhamento da rota pelas cartas impressas, na mesa de navegação.
As baleias que subiam normalmente até Abrolhos estão indo a cada ano mais para o norte. Passamos por mais algumas, e com filhotes.
Estamos inaugurando nosso novo guarda-mancebo. Ficou uma maravilha. Mais firmes e tensionados.
A plataforma continental, neste trecho, é bem estreita. Passamos avistando a costa de Sergipe no horizonte, com 2.000 metros de água abaixo da quilha. O mar assume uma cor arroxeada muita intensa. É linda!
Nesta profundidade, fisgamos o primeiro peixe...
e em seguida outro. Dois atuns. Coincidentemente havíamos acabado de almoçar macarraão com atum (em lata).
Na nossa segunda noite de navegação, passamos muito perto de uma plataforma de petróleo. Parecia uma enorme catedral em noite de natal. Pena que sua grandiosidade não é percebida, por falta de referência de escala, nem a foto registra a intensidade e quantidade de luzes, pois fica impossível fazer uma maior exposição com o movimento do barco.
No terceiro dia seguíamos com vela e apenas 1 hora de motor, desde a partida.
Mar liso, céu azul, vento de través. Tudo perfeito!
A tripulação curtia a folga...
enquanto o piloto automático levava o barco...
e a carretilha Pen, presente do amigo Guego, garantia o rango.
Antes da chegada, pescamos ainda mais uma serrinha, o nosso peixe preferido.
A vida estava tão mansa que cheguei a esticar a rede na sala para um relax.
As 13 horas já tínhamos Maceió na nossa proa. Em 2010 este trecho de Salvador a Maceió fora o mais difícil. Agora foi o mais light. O mar tem seus caprichos.
A noite fomos dar um passeio pela cidade e passamos por uma loja de colchões. Normalmente não me chamam atenção, mas agora, depois de mais de 40 dias embarcado, as camas pareciam miragens. Pedimos para dar uma esticadinha para matar saudades.
Depois seguimos pela orla, onde Rodrigo curtiu muito uma academia Top, afinal é o seu ramo de negócio e esta realmente tinha um novo conceito.
Acabamos num restaurante muito bom, onde comemos um cordeiro, para compensar tanto peixe.
Maceió está muito caprichada e com muitos turistas.
Fizemos um tour a pé pelo lado antigo da cidade, onde existem 21 museus.
A foto é da estátua da liberdade, em ferro fundido, veio da França e é anterior a de Nova Yorque, só que bem pequena (uns 2,5 metros).
Alagoas foi berço de Marechal Deodoro, que proclamou a República e foi seu primeiro presidente...
e de Floriano Peixoto, seu segundo presidente.
Ambos estão (em broze) numa praça cívica de frente para o mar, com as bandeiras de todos os estados da federação.
Passamos pelo restaurante Picuí já com fome e não resistimos. Comemos um belo rizoto de frutos do mar...
e lá encontramos um casal de Itajaí muito simpático.
Depois fui para o Museu do Artesanato de Alagoas. Muito bonito...
onde a cerâmica tem seu maior destaque. São muito detalhadas e retratam principalmente o cotidiano da gente e a sua religiosidade.
Máscaras, bonecos, bandeiras, fazem um misto de alegoria e retratam um forte caráter teatral.
Percebe-se uma forte contribuição do índio na composição cultural de Alagoas, diferentemente de Salvador, onde prevalece o negro.
Vi ainda umas cadeiras muito exóticas...
feitas com galhos de uma vegetação da caatinga (acredito).
Amanhã partiremos para Recife.
Marujos, muito bom ver como esta etapa foi tranquila. Mar lindão, heim? Ele sempre surpreende, caprichoso mesmo.
ResponderExcluirPara informá-los, foram vistas mais de 100 baleias entre o norte do RS e Floripa, segundo noticias de hoje do Portal Engeplus.
Que venha Recife agora, com a mesma curtição, meninos; Se quiserem mandar ventos pra Goiás, fiquem a vontade. Certamente será melhor para que eu suporte os 43.3 graus que estão me matando.
Bjo grande e bons ventos
Sandra
Já estão indo para Recife é!? Bons ventos! Nos vemos lá... por aqui, claro!
ResponderExcluirEstou aqui no hospital após o nascimento da minha filha curtindo o dia a dia do firuleti fazendo as contas que talvez daqui a uns 27 anos eu possa me aventurar em uma viagem destas hehe. Brincadeira! Parabéns pelas fotos e excente texto que nos consegue trasportar para dentro do veleiro e dos pontos turisticos. Não perco uma atualização. Muitos sonham poucos tem coragem. Gabriel Thadeu Benedet de Menezes.
ResponderExcluir...as fotografias estao muito bonitas, parabens; de fato estamos velejando juntos com essas imagens...
ResponderExcluirBoa navegacao
Dilvanio
Olá Comandante,
ResponderExcluirQue maravilha de perna essa que vocês fizeram até Maceió. Além da vida mansa que tiveram chegaram com a geladeira cheia de peixe e que peixes!!
É, o mar é sempre imprevisível, ainda bem que desta vez foi positivamente.
Belas fotos de Maceió e também um relato muito positivo, ao contrário da passagem do Firulete por aí na viagem anterior. Acho que foi consequência na bela velejada que vocês fizeram.
Que tenham ótima sequência na viagem e cuidado com o dique no porto de Recife.
Bons ventos!
Luiz
Aos irmãos Zaniboni,
ResponderExcluirMarujos: Parabéns pela Coragem e uma Boa Aventura.
SDS
Nilso Dassi
Que bela viagem, parabéns aos marujos. Caro Norberto qual o conselho para quem sonha com isso que estão fazendo, por onde se começa ?
ResponderExcluirAbraços
Marcos Cadorin